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Matheus Leitão

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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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O que revela a nova jogada de Bruno Araújo contra João Doria

Ou... Entenda por que o presidente do PSDB não pode escolher do nome da terceira via

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 Maio 2022, 14h44 - Publicado em 18 Maio 2022, 09h16

O presidente do PSDB, Bruno Araújo, sempre deixou claro que faria de tudo para atrapalhar João Doria na corrida presidencial. Desde as prévias para escolha do candidato do partido à Presidência da República, agiu sistematicamente para enfraquecer politicamente o ex-governador paulista.

Além de escolher desafetos de João Doria para coordenar o processo, Bruno Araújo criou uma metodologia de votação que desfavorecia João Doria. Contrariando os valores defendidos pelo PSDB, pela primeira vez na história do partido o peso do voto de um parlamentar foi maior que o voto de um militante.

O presidente do PSDB também aprovou o aplicativo de votação de uma fundação ligada à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) com sede em Pelotas, coincidentemente terra de Eduardo Leite, um dos concorrentes das prévias. Isso, mesmo após um relatório de consultoria contratada pelo partido apontar vulnerabilidade no sistema.

O que ocorreu depois, leitor, foi o seguinte: o aplicativo falhou e o partido teve que buscar ferramentas alternativas para salvar o pleito.

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Doria venceu, mas Bruno Araújo seguiu tentando reverter o resultado, com atos e declarações à imprensa de boicote ao ex-governador paulista. A atitude de desprezo pelas prévias, além de antidemocrática, é um insulto ao contribuinte, que custeou os R$ 12 milhões gastos no pleito interno do partido.

Ao contrário do que se espera de um presidente de partido, Araújo também não demonstrou nenhuma intenção de reforçar o protagonismo do PSDB no jantar de empresários do grupo Esfera Brasil, em abril.

Diante de dezenas de convidados ele afirmou, sem meias palavras, que o partido não terá candidato próprio à presidência. O áudio das declarações vazou, provocando mal estar entre a militância e os filiados.

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Após isso, Doria retirou Araujo do posto de coordenador-geral da campanha e ele, o presidente do PSDB, tuitou: “Ufa. Comando que nunca fiz questão de exercer.”

O deboche também irritou a militância tucana, que levou a hashtag #renunciabrunoaraujo aos trending topics. Nas redes sociais, Araújo foi comparado a Judas. Frases como “se joga no colo do Aécio” também foram compartilhadas em seu perfil.

Posteriormente, ao ser questionado sobre os critérios que serão adotados pela coligação para a escolha de um nome em consenso, Bruno Araújo respondeu, seguindo uma lógica que claramente só atende a interesses próprios: “Na política primeiro a gente escolhe o candidato e depois, os critérios”.

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Ontem, no dia 18 de maio de 2022, a 136 dias da eleição, Bruno Araújo tentou mais uma vez derrubar a candidatura de Doria à presidência. Ele prefere Simone Tebet e o MDB, em detrimento do seu próprio partido.

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