
Integrantes do alto escalão de Lula acreditam que a inflação de alimentos é o principal responsável pela queda vertiginosa na popularidade do presidente, mais do que a comunicação falha nos dois primeiros anos da gestão petista.
Nesta quarta, 26, a Quaest revelou que até em estados do Nordeste, como Bahia e Pernambuco, a desaprovação do líder esquerdista ultrapassou a aprovação – um quadro inédito quando envolve Lula.
Pois bem.
A alta do dólar, das commodities e dos insumos alimentares elevaram o preço na ponta do supermercado, na avaliação de parte do primeiro escalão, gerando um estrago na popularidade do presidente. Essa é sempre a inflação mais sensível, porque vai direto ao bolso e à mesa dos consumidores.
E o principal culpado, na avaliação deles, é Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central, não só pelos juros altos. Eles estão convencidos de que o embate com o governo Lula, na esteira do debate dos juros, aumentou o estresse do mercado financeiro, que se refletiu no dólar. O dólar, como se sabe, acaba piorando todas as pressões de preços, inclusive de alimentos.