A “operação Robin Hood” do governo Lula 3, revelada pela coluna nesta terça, 1º, tem potencial para gerar um novo problema para o presidente da República na sua relação com o Congresso Nacional.
É que o presidente da Câmara, Arthur Lira, é contra a MP das offshores.
A Medida Provisória pretende taxar os brasileiros mais ricos que enviaram parte do dinheiro para fora do Brasil, mantendo esses montantes por lá, sem repatriá-los e sem tributação.
Como informou a coluna, o governo decidiu unir a MP das offshores à MP do salário mínimo, em um movimento político de tirar dos ricos, e dar aos pobres.
Lira também não estava completamente informado dessa movimentação política do governo Lula e do PT.
A proposta da gestão petista é passar a cobrar tributos sobre os rendimentos desses fundos, conhecidos como offshores.
A ideia é que o dinheiro arrecadado nessas operações – hoje isentas – ajude a equilibrar as contas públicas brasileiras que terão outros custos, como o de dar aumento real ao salário mínimo hoje em R$ 1.320.
Há outros gastos com a base da pirâmide de contribuintes, como a de corrigir a faixa de isenção de imposto de renda, que influenciaram a junção das MPs, também segundo apurou a coluna.
Tudo isso somado pode ser um problema na relação Governo/Congresso.