O Auxílio Brasil – o programa social de Jair Bolsonaro para chamar de seu nestas eleições – começa a pagar nesta terça-feira, 9, R$ 600 para as famílias cadastradas no benefício federal.
Isso traz um marco para o dia de hoje na estratégia do presidente da República em busca da reeleição, já que atingirá as mais carentes famílias brasileiras, reduto que tem identificação histórica com o PT de Lula.
A última rodada do Datafolha mostrou que o atual mandatário melhorou seu desempenho entre os mais pobres. Subiu três pontos percentuais entre os brasileiros que ganham até 2 salários mínimos.
E por que isso é tão importante? Trata-se do principal estrato socioeconômico – ou maior, para ser mais claro – do levantamento.
A identificação desse segmento do eleitorado com o ex-presidente petista perpassa justamente pela criação do Bolsa Família, o programa de distribuição de renda criado por Lula em 2003, por medida provisória, e que virou lei no ano seguinte.
Inspirado no Bolsa Escola, o programa chegou a ser definido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) como o maior programa de transferência de renda no mundo.
Bolsonaro era um crítico do programa antes de ser eleito presidente. Durante o governo, contudo, transformou o benefício no Auxílio Brasil, que hoje é uma das maiores esperanças de sua campanha em busca de melhora nas pesquisas e de uma – até agora – improvável virada eleitoral.