A diminuição da diferença entre Lula e Bolsonaro, registrada por mais uma pesquisa, deve ser lida assim: há uma tendência de recuperação do atual presidente, um pouco com ajuda do Auxílio Brasil, o programa social que o político de extrema direita criou para chamar de seu.
De acordo com a nova rodada da MDA, encomendada pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes), Lula agora mantém a firme liderança contra Bolsonaro por oito pontos porcentuais. Em fevereiro, contudo, segundo a mesma MDA, o petista vencia por 14 pontos.
Todos os Institutos mostraram essa tendência após a saída de Sérgio Moro da disputa – isso, vejam bem, até a pesquisa interna feita pelo PT, e revelada pela coluna nesta segunda-feira, 9, informou.
Mas as ressalvas continuam as mesmas.
Lula, como também mostrou a coluna, mantém, há um ano, uma média de 44% das intenções de voto, segundo estudo feito pelo instituto Vox Populi para o PT, com o resultado de pesquisas presenciais realizadas por nove diferentes institutos entre 2021 e 2022.
Bolsonaro, por sua vez, também manteve uma reta, paralela à de Lula, variando entre 23% e 26% de 2021 até março de 2022. Em abril, ele se recuperou mais e cresceu 5 pontos porcentuais, chegando a 30%, mas somente após a saída do ex-juiz Sérgio Moro da corrida eleitoral.
Era esperado.
A diferença entre o estudo – e todos os nove Institutos – é que a pesquisa do MDA, divulgada nesta terça-feira, foi realizada por telefone, o que, ao menos para os cientistas políticos, têm menos chance de acerto.
Agora, é esperar as novas pesquisas presenciais para saber como está essa tendência de Jair Bolsonaro, que vê o reflexo de seus erros na economia estragarem os planos para 2022.