Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Imagem Blog

Matheus Leitão

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
Continua após publicidade

Filme sobre Marighella é o maior manifesto a favor da luta armada

A diferença entre a película e o livro é grande. Mas o importante é o que ele significa no atual momento da História

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 nov 2021, 15h00 - Publicado em 11 nov 2021, 10h36

Marighella, o filme, é diferente do Marighella, o livro. No cinema, é o maior manifesto em favor da luta armada da História do Brasil. No livro, não é. Aliás, sempre há essa discussão entre qual é melhor? O livro ou filme? Neste caso, os dois são muito bons – históricos.

Mas o mais importante é o timing. O filme chega aos cinemas em um momento dramático da História do Brasil, quando o governo de extrema direita bolsonarista avança com vitórias lamentáveis e até inesperadas no Congresso se pensássemos com a cabeça de meses atrás.

O presidente, o mesmo que há muito tempo vem liberando os seus grupos para compra de armas, conseguiu a sua maioria no Congresso, furou o teto de gastos e avança para ter o seu programa social com o intuito de se perpetuar no poder. Não é brincadeira o tamanho da vitória dele nesta semana.

O centrão fez estrago. Isso, ao lado do presidente que chegou ao poder fazendo não só chacota, mas apologia à tortura – ao lado de pastores evangélicos que o apoiaram descaradamente por uma bandeira conservadora que se espalhou Brasil afora.

Marighella tem o poder de ser o antagonismo ao que estamos vendo por aí desde 2018. Ele derruba toda e qualquer obra que tenta minimizar a excrescência da lei de anistia, por exemplo, feita ainda na ditadura para perdoar torturadores e assassinos em nome do Estado brasileiro. É a luta armada na perspectiva de quando ela aconteceu, não com os olhos de hoje.

Continua após a publicidade

Não há como não se emocionar no filme, a direção de som é avassaladora, mesmo que algumas atuações deixem a desejar. Marighella era tão gigante à época (assim como Seu Jorge – a atuação ruim não é dele) que seus livros eram traduzidos e censurados na França, como revelou a coluna nesta semana.

Quem leu e viu “O que é isso companheiro?” na adolescência, por exemplo, sabe que há, até hoje, uma discussão sobre se a parte da esquerda que aderiu à luta armada estava certa ou não. Fernando Gabeira diz que errou, outros dizem que não havia outro caminho.

Todo brasileiro deveria assistir e pensar sobre o que significa ser patriota ou traidor da pátria na ditadura. Afinal, o Brasil é livre para se ter pensamento ou não é? Espero que sim. Minha filha mais velha, Mariana, votará pela primeira vez ano que vem… e por um novo país, desejo.

Continua após a publicidade

PS – Em tempo: falando em pais e filhos, que o lacrador Gregório Duvivier cita aqui e ali, vale dizer: quando ser de esquerda matava no Brasil… minha família estava na linha de frente. História com H maiúsculo. Se quiser falar desta e desta coluna também fica à vontade.

A luta continua, né “companheiro”?

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.