Escândalo do chefe do GSI traz uma antiga assombração para Lula

O primeiro ministro demitido do governo Lula é um general do Exército.

Seria cômico, não fosse trágico.

Após enfrentar uma tentativa de golpe no seu oitavo dia no Presidência, Lula vê o militar das Forças Armadas em quem mais confiava abrir portas do Palácio do Planalto para golpistas de Jair Bolsonaro.

Repito: abrir portas do palácio presidencial para antidemocratas. Ensinar rotas de fuga. Mostrar a saída do prédio!

Dito isso, é preciso lembrar que o Gabinete de Segurança Institucional foi todo contaminado e apodrecido pelo antecessor de Gonçalves Dias no posto, o abjeto general Augusto Heleno.

Mas o que parecia ruim ficou ainda pior.

O primeiro ex-ministro de Lula é reconhecido no Exército por sua lealdade, mas um vídeo mostra ele de forma oposta no metaverso. Reveladas pela CNN, as imagens são a verdadeira definição da deslealdade.

Ou seja, mostra um general Gonçalves Dias irreconhecível. Ele – no mais importante prédio do país, que guarda a instituição Presidência da República – ajudando aqueles que não acreditam nela.

É preciso alertar Lula, mais uma vez, que a situação no Exército, Marinha e Aeronáutica é gravíssima após os anos Bolsonaro. Imaginem o estrago disso na cadeia de comando.

Vários integrantes da equipe de Gonçalves Dias aparecem no vídeo. Tem major do Exército ajudando golpista a pegar água, tenente salvando extintor de incêndio (emoji de espanto), mas não o raro relógio dado de presente a Dom João VI.

Tudo de ruim. É o Brasil de Bolsonaro, onde o Estado estava contaminado, voltando a assombrar o próprio país.