Depois de uma semana cheia de boas notícias nas pesquisas para o presidente Jair Bolsonaro, o ex-presidente Lula também tem motivos para comemorar.
As pesquisas de intenção de voto para governador de São Paulo e Rio de Janeiro, dois dos principais colégios eleitorais do país, são favoráveis ao petista e mostram a força que Lula pode ter no seu caminho até as eleições.
Nesta quinta 7, a pesquisa Datafolha para o governo de São Paulo mostra Fernando Haddad (PT) em primeiro lugar, com 29% dos votos. Em seguida, aparecem Márcio França (PSB) com 20%, Tarcísio de Freitas (Republicanos) com 10% e Rodrigo Garcia (PSDB) com 6%. Esse cenário já é muito positivo para Lula.
Uma outra hipótese, que tem chance de acontecer, é a saída de Márcio França da disputa.
Nesse cenário, Haddad pularia para 35%, ou seja, ganharia 6 pontos.
Com uma eventual saída de França, Tarcísio ganharia 1 ponto, indo a 11%, e Rodrigo Garcia ganharia 5 pontos, indo também a 11%.
Agora fica claro por que o PT tenta convencer Márcio França a desistir da disputa para ser vice na chapa com Haddad. Uma candidatura dessa seria praticamente imbatível, assim como a chapa formada por Lula e Alckmin foi vista quando se formou (e já não é mais assim).
No Rio de Janeiro, o PT também tem boas notícias, mas o cenário é mais apertado. Outra pesquisa DataFolha desta quinta, 7, mostra Marcelo Freixo (PSB) na liderança, com 22% das intenções de voto. Em seguida aparece o candidato de Bolsonaro, o atual governador, Cláudio Castro (PL), com 18%.
Em Minas Gerais, outro colégio eleitoral muito importante, o PT ainda precisa se fortalecer. Por lá, o atual governador, Romeu Zema (Novo), apoiado pelo bolsonarismo, lidera a corrida com folga, com 40% das intenções de voto. Alexandre Kalil (PSD), mais ligado ao centro e à esquerda, está em segundo lugar, com 23%.
Lula tem muita força e pode usar os números positivos para fortalecer ainda mais a sua candidatura.
O ex-presidente lidera as pesquisas presidenciais, apesar da reação de Bolsonaro. Ter Haddad como líder em São Paulo é um grande ativo eleitoral. Esse palanque, por si só, já ajuda muito o PT.
A estratégia agora deve ser melhorar o cenário em Minas Gerais e confirmar o favoritismo de Freixo no Rio de Janeiro.