Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Imagem Blog

Matheus Leitão

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
Continua após publicidade

Caso da Iluminação pública de São Paulo, enfim, será julgado

STJ retoma julgamento que pode resolver o imbróglio bilionário que gera grande sobrepreço

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 Maio 2023, 13h07 - Publicado em 15 Maio 2023, 13h06

O ministro Paulo Sérgio Domingues pautou para esta terça-feira, 16, na 1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o julgamento que sobre o caso da Parceria Público Privada para a iluminação pública da cidade de São Paulo. A ação se refere a uma licitação de 2016 que resultou em um contrato R$ 1,6 bilhão mais caro.

A disputa envolve dois consórcios: o FM Rodrigues/CLD, atual executor do serviço, e o Walks, que apresentou a proposta mais barata, mas foi desclassificado do certame, em meio a indícios de corrupção para favorecer o Consórcio FM Rodrigues/CLD. A disputa conta com a atuação, como advogado, do ex-presidente da República Michel Temer, que integra a equipe jurídica do grupo empresarial excluído da licitação.

Recentemente, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, se manifestou sobre o caso. Segundo ele, o serviço ao paulistano estará garantido qualquer que seja o resultado do pleito: “O julgamento não terá efeito, independentemente do resultado que vier a ocorrer”, disse o prefeito, em entrevista à jornalista Lorenna Rodrigues.

O CASO

A concorrência da iluminação pública foi lançada durante a gestão de Fernando Haddad (PT) na Prefeitura da Cidade de São Paulo. Desde a fase inicial, a disputa teve problemas. Para se ter uma ideia, embora a licitação tenha sido lançada na administração petista, em 2016, os envelopes só foram abertos em janeiro de 2018, na gestão do então prefeito João Doria (PSDB). Nenhum dos dois, obviamente, tem envolvimento no caso.

Continua após a publicidade

Uma vez reveladas as ofertas, verificou-se uma diferença muito alta de valores entre os concorrentes. O Consórcio Walks ofereceu R$ 5,3 bilhões por um contrato de 20 anos. O Consórcio FM Rodrigues/CLD, por sua vez, apresentou proposta de R$ 6,9 bilhões nas mesmas condições.

Porém, em processo administrativo, em fevereiro de 2018, o Departamento de Iluminação da Prefeitura de SP (Ilume) retirou o Consórcio Walks do certame e o Consórcio FM Rodrigues/CLD assinou o contrato.

O caso foi levado aos tribunais. Na época, gravações obtidas pela rádio CBN indicavam a existência de um esquema para beneficiar o Consórcio FM Rodrigues/CLD. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo, investigou a denúncia. Na época, Doria demitiu a secretária cujos áudios foram vazados.

Continua após a publicidade

Em dezembro de 2018, o Tribunal de Justiça de São Paulo reconheceu que foram ilegais os motivos de exclusão do Consórcio Walks da licitação e determinou a anulação integral da concorrência em razão das denúncias de corrupção. Em 2019, o caso chegou ao STJ e aguarda o julgamento final.

Enquanto o caso não é resolvido pela Justiça, a prefeitura da Cidade de São Paulo segue com o contrato emergencial, pagando por ele mais R$ 346 milhões por ano. A estimativa é de o sobrepreço alcançar mais de R$ 10 milhões por mês.

Em 2021, relatório de Auditoria da Prefeitura de São Paulo verificou falhas no cumprimento do cronograma da modernização da rede de iluminação pública, que não está sendo cumprido de forma completa pela atual concessionária. As luminárias, que ainda seguem sendo trocadas na primeira fase de investimento (por contrato, serão ao menos duas trocas no período da PPP), não possuem Sistema de Telegestão como exigido pelo Edital, ferramenta imprescindível para que os pontos de iluminação pública sejam considerados modernizados, conforme exige a PPP. Entre outras irregularidades, o Relatório de Auditoria também aponta que não foi implantado o Centro de Controle e Operação (CCO), o que deveria ocorrer entre 2019 e 2020, possibilitando o monitoramento e controle da rede de iluminação pública e o atendimento ao público desde o início da concessão.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.