A decisão que derruba a tese de perseguição de Eduardo Bolsonaro
Como diria Joelmir Beting, na prática a teoria é outra
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, se manifestou contra o pedido de prisão do deputado Eduardo Bolsonaro apresentado por parlamentares do PT e do PSOL, após denúncia por coação. No parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal, Gonet afirmou que os deputados não têm legitimidade para solicitar a medida, já que o Código de Processo Penal restringe esse tipo de requerimento à polícia judiciária e ao próprio Ministério Público.
A manifestação desmonta — na prática — a narrativa de perseguição que Eduardo costuma sustentar contra o MP e o Supremo. O filho do ex-presidente insiste há anos na tese de que as instituições agem politicamente contra sua família, mas, desta vez, foi justamente a PGR que o livrou de um pedido de prisão feito pela oposição.
Publicada em 1973, a obra Na prática a teoria é outra – Os fatos e as versões da economia, de Joelmir Beting, ironizava os teóricos que ignoravam o mundo real. Meio século depois, o título cai como uma luva para o caso de Eduardo Bolsonaro.







