A conta (cara) da educação no país lamentavelmente chegou
O governo ignorou alunos e agora os números chegaram
A fatura da irresponsabilidade do atual governo com a educação brasileira chegou. Nesta sexta, 16, o Ministério da Educação (MEC) divulgou dados preocupantes – e tristes – sobre o aprendizado dos alunos brasileiros no período da pandemia.
Os números são assustadores, mas já eram esperados.
Enquanto enfrentamos a pior pandemia dos últimos tempos, fomos governados por um presidente que riu das vítimas e que simplesmente ignorou a educação. Analistas, jornalistas, estudiosos, todos tentaram alertar sobre o caos que viria sem ações imediatas do governo através do MEC.
Mas Bolsonaro, na verdade, não ignorou a educação brasileira. Pelo contrário. Ele bateu insistentemente na tecla de uma “guerra ideológica” que, assim como tantas outras ideias, só existem na mente do bolsonarismo.
Enquanto os alunos tiveram que lidar com o ensino à distância, muitas vezes deficiente, o presidente do país palestrava contra ideologia de gênero e outros temas que pouco ou nada tem a ver com a eficiência do aprendizado.
E o que dizer do Ministério da Educação?
O troca troca de ministros trouxe um líder mais despreparado que o outro. Em quatro anos, foram indicados quatro nomes diferentes e nenhum teve a capacidade de agir para minimizar os efeitos da pandemia nos alunos brasileiros.
O quinto nome, que está hoje no comando, é Victor Godoy, que também não tem feito nada de diferente para melhorar o ensino.
Mais recentemente, para completar o quadro negativo, um escândalo de corrupção envolvendo a prisão do ex-ministro Milton Ribeiro e o desvio de verbas do MEC.
Enquanto insiste em criticar quem, segundo ele, falou “economia a gente vê depois” durante a pandemia, Bolsonaro esquece que ele mesmo fez algo terrível: educação? Isso a gente vê depois.