As alfinetadas entre Arthur Lira, relator na Câmara de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil por mês, e Renan Calheiros, responsável pela análise do texto no Senado, preocupam (e muito!) o governo Lula.
Velhos rivais da política alagoana, Lira e Renan tem se bicado há meses por conta desse projeto, numa disputa política regional em busca de holofotes e dividendos políticos para 2026 no estado.
Ocorre que o presidente Lula, que buscará o quarto mandato no ano que vem, é o principal interessado na isenção do IR de brasileiros que ganham até R$ 5 mil, além do desconto progressivo para rendas de até R$ 7.350 mensais.
O petista e seus ministros mais próximos acreditam que o projeto será a principal bandeira do governo na eleição, recuperando a classe média perdida com a alta da inflação dos alimentos.
Nesta terça, 7, Calheiros afirmou que “se forem necessárias mudanças, faremos, sim. O texto, lamentavelmente, foi deturpado em sua tramitação na Câmara”. Trata-se de um soco direto em Lira, que devolveu na mesma linha.
“Que no Senado o projeto do IR seja relatado de forma responsável. O texto que está pronto foi construído com muito trabalho e diálogo, inclusive com o governo, e aprovado na Câmara por unanimidade dentro do prazo. Que não se faça politicagem com um assunto tão relevante”, afirmou o ex-presidente da Câmara.
A divergência levou nomes do governo a comentar o seguinte: não está garantida a maior vitória de Lula neste terceiro mandato.
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