Trump Media defende responsabilizar Moraes como ‘pessoa física’
Em entrevista a VEJA, o advogado da plataforma, Martin De Luca, explica que o ministro age fora da jurisdição brasileira
O advogado da Trump Media, ligada ao presidente dos EUA, Donald Trump, e da Rumble, Martin de Luca, afirmou em entrevista ao programa Ponto de Vista, de VEJA, que a ação movida contra o ministro do STF Alexandre de Moraes pretende responsabilizá-lo como pessoa física por suposta censura, não como juiz da Suprema Corte.
Segundo o representante das empresas, o magistrado agiu fora de suas funções oficiais e, portanto, não teria imunidade. Além disso, a acusação defende que Moraes pague por danos monetários do próprio bolso.
O magistrado foi intimado novamente nesta terça-feira, 8, pela Justiça da Flórida e terá um prazo de 21 dias para apresentar uma resposta formal para contestar o processo. Caso contrário, o processo corre baseado na alegações da acusação.
De Luca explica que a ação inicial, feita em fevereiro, focava nas ações oficiais do ministro. Mas que as investigações posteriores revelaram que ele teria enviado ordens de censura e perseguido cidadãos e empresas americanas em diversos casos, diferentemente do restante do judiciário brasileiro, que de acordo com o advogado, respeita protocolos e tratados internacionais. Em maio, a defesa solicitou à Justiça que ele seja responsabilizado como pessoa física.