Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Marcela Rahal

Por Marcela Rahal Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Jornalista, repórter e apresentadora. Blog de informação e análise do cenário político nacional
Continua após publicidade

PL do aborto é mais uma violência contra nós, mulheres

Projeto equipara aborto após 22ª semana a homicídio, mesmo para casos já previstos em lei

Por Marcela Rahal Atualizado em 14 jun 2024, 11h20 - Publicado em 14 jun 2024, 09h44

A sociedade precisa parar e se mobilizar contra um projeto de lei que visa uma agressão para todas as mulheres, em especial, as meninas do nosso país. É inacreditável uma proposta que equipara aborto, após a 22ª semana, a homicídio ser cogitada e ainda ter o regime de urgência aprovado na Câmara dos Deputados, o que na prática permite que o texto possa ser submetido à votação direto no plenário, sem passar pelas comissões, evitando qualquer tipo de contestação.

A proposta vale, inclusive, para casos que hoje são permitidos o aborto, como: estupro, fetos anencéfalos e risco de morte para a mãe.

É como se você jogasse uma menina estuprada na cadeia e ela ainda pagasse o dobro da pena do seu agressor. É a vítima sendo criminalizada, punida.

Ou seja, a mulher seria culpada por ter sido abusada e não ter conseguido ser ágil o suficiente para fazer o aborto. Como se fosse simples assim. Como se jovens, por exemplo, tivessem essa capacidade, consciência e autonomia, entendessem o que de fato aconteceu, além da sensação de que estavam sendo vítimas de algo cruel e assustador.

É algo tão desumano pensar que isso está realmente sendo discutido em 2024, em pleno Congresso Nacional. Um dos três pilares da nossa democracia, aquele que deveria formular as leis para uma sociedade mais justa e digna.

Continua após a publicidade

Isso sem falar no pano de fundo que pode estar por trás de uma proposta tão covarde. Aceno aos partidos conservadores, disputa eleitoral ou ainda uma suposta reação a julgamentos que estão sendo feitos no STF.

Chama a atenção quando o autor da matéria, deputado Sóstenes Cavalcante, do PL, diz: “Será um bom teste para o Lula provar aos evangélicos se o que ele assinou na carta [durante a campanha] era verdade ou mentira”.

Não se trata de religião e nem é a discussão sobre a descriminalização do aborto. É sobre o direito às mulheres de não gerarem um filho fruto de uma violência brutal, sob o risco de ficarem até 20 anos na prisão. É avassalador.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.