O Congresso Nacional terminou nesta sexta-feira, 20, a votação do pacote de corte de gastos proposto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Entre as medidas estão ajustes no abono salarial, BPC e salário mínimo. Mas as propostas foram desidratadas e enfraquecem o plano de economizar 71 bilhões de reais nos próximos dois anos.
Haddad minimizou as mudanças e disse que vão ter impacto apenas de pouco mais de 1 bilhão de reais.
Sobre a disparada do dólar, provocada principalmente pela incerteza sobre o pacote de ajuste fiscal, o ministro disse que é preciso corrigir essa “escorregada” do dólar, por isso o Banco Central deve atuar apenas para arrumar “disfuncionalidades do mercado”.
Em entrevista ao Três Poderes de VEJA, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, disse que a aprovação do pacote fiscal foi “um feito que foi construído” e que o governo tem responsabilidade social e fiscal. O parlamentar diz que “não concorda com a tese” de que as medidas foram “desidratadas”, mas que o Ministério da Fazenda já pensa em outras propostas para fevereiro de 2025.
Após a aprovação do pacote, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, confirmou que a votação do Orçamento será adiada para fevereiro. Segundo o parlamentar, a decisão acontece por conta das mudanças que serão necessárias no texto com as novas medidas de ajuste fiscal. Acompanhe o Giro VEJA.