Marcela Rahal
Por Marcela Rahal
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‘Parece antecipação de confissão’, diz Gilmar sobre campanha por anistia
Em entrevista ao Amarelas On Air, o decano do STF diz que discussão defendida por Bolsonaro é precipitada
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Atualizado em 21 fev 2025, 17h58 - Publicado em 21 fev 2025, 15h53
O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes diz que a partir de agora, após a denúncia da Procuradoria Geral da República contra Bolsonaro e mais 33 pessoas por tentativa de golpe em 2022, a defesa dos denunciados pode fazer seus esclarecimentos sobre as acusações. “Nós encerramos um pouco as especulações e passamos a ter um script, um roteiro para a própria defesa apresentar”, afirmou o decano da Suprema Corte em entrevista ao programa Amarelas On Air, de VEJA.
O ex-presidente se reuniu com deputados e senadores nesta semana para tratar sobre a anistia aos condenados pelo 8 de janeiro, projeto que poderia beneficiá-lo em caso de condenação. A oposição no Congresso tem feito um forte apelo para que a proposta prospere em uma das Casas, principalmente depois da denúncia da PGR.
Para Gilmar Mendes, o tema deve perder espaço no Congresso após a acusação contra Bolsonaro e, além disso, é precipitado discutir o perdão se o julgamento ainda não foi concluído. Somado a isso, destacou, o fato de que a denúncia da Procuradoria mostra agora a conexão entre o plano de golpe e o 8 de Janeiro.
“Eu parto da premissa de que isso não é um tema hoje do Congresso Nacional, de que isso não é uma prioridade e de que isso não será tratado. E, certamente, como você pontua, nós estamos diante de uma precipitação. Mal sabemos o conteúdo da denúncia agora e os fatos ainda vão ser instruídos. Nós vamos ter uma instrução processual penal. Parece que é quase que uma antecipação de uma confissão, não é? E não é disso que se cuida. Então, não acho que que haja espaço para essa discussão neste momento.”
O ministro também falou na entrevista sobre a necessidade da desmilitarização da administração pública, da discussão sobre outros tipos de regime como o semipresidencialista, da regulamentação das redes sociais e o impasse envolvendo as emendas parlamentares. Gilmar Mendes ainda analisou a popularidade do atual governo federal.
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