Promessa dos planos de saúde ‘não inviabiliza’ CPI, diz deputado
Aureo Ribeiro afirmou que 'se existe um acordo é porque existe um problema' e que objetivo de comissão seria investigar cancelamentos e abuso nas cobranças
Um grupo de deputados apresentará um pedido para instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar possíveis ilegalidades e falta de transparência no cancelamento unilateral de operadoras de plano de saúde. Sobre este tema, o deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), autor da chamada CPI dos Planos de Saúde, falou ao Ponto de Vista, de VEJA, nesta terça-feira, 28.
O deputado já colheu 275 assinaturas até o início da tarde desta terça. A expectativa, segundo o parlamentar, é chegar a 300 até o fim do dia. Antes mesmo da instalação da CPI, a coluna Radar mostrou que em reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira, planos de saúde prometem retomar contratos cancelados. Questionado se isso poderia inviabilizar a investigação pela comissão, Ribeiro disse que não.
“A CPI vai cumprir os dois requisitos legais, que é o fato determinado, já reconhecido pelo presidente Arthur Lira [com a reunião entre ele e representantes de operadoras], e que é a quantidade de assinaturas. Eu acho que não inviabiliza, porque se existe um acordo, é porque existe um problema. Se existe um problema, tem que ser apurado. Tem que escutar a sociedade se essa é a solução necessária. Acho que mais do que nunca a gente tem que instalar a CPI”, afirmou.
Segundo o parlamentar, caso seja necessário, ele “vai ao Supremo Tribunal Federal pedir a instalação da matéria”. “Eu vou colocar as assinaturas necessárias. e tenho certeza que esse fato histórico vai sensibilizar o presidente a instalar essa CPI tão importante de anseio da sociedade brasileira”, salientou. “A gente tem lei no Brasil, as leis precisam ser seguidas, as leis precisam ser praticadas por todos e todas e todas as empresas. E a gente tem a clareza que a gente tem que aprofundar essa investigação, não só com o fato de cancelamento, mas com abuso nas cobranças praticadas pelas operadoras de plano de saúde do Brasil”, completou o deputado.
Tragédia no RS
Além disso, o programa abordou a situação no Rio Grande do Sul com a Tenente Sabrina Ribas, Comunicação Social da Defesa Civil. A militar contou que o número de desaparecidos caiu de 56 para 53, de acordo com o último balanço, e não houve aumento no número de mortos. “A gente fica aliviado e satisfeito de ver quando reduz o número de pessoas desaparecidas e não aumenta o número de óbitos”, afirmou. Sabrina Ribas também falou sobre a passagem de um ciclone extratropical pelo estado.
“De acordo com a nossa equipe, a gente tem esse ciclone atuando no oceano. Ele trouxe uma questão de ventos muito fortes que estamos sentindo em Porto Alegre, mas nós temos também a previsão de bastante ressaca no mar por toda a extensão da costa do Rio Grande do Sul. E alguma previsão de chuva também. Essa chuva, de acordo com a previsão, vai ficar mais concentrada na região sul do estado, onde pega Pelotas e Rio Grande. O pessoal está monitorando e acompanhando. Para os próximos dias a gente tem previsto uma trégua e essa questão de ausência de chuva nos facilita pra retomada dos trabalhos e verificar áreas de risco, se as pessoas podem ou não voltar pra suas casas, acompanhamento se o nível de água tá baixando ou não…”, ponderou.
Sobre o programa
O Ponto de Vista é apresentado por Marcela Rahal, transmitido ao vivo às 12h, e também trata das principais notícias do dia com o colunista Robson Bonin.
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