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Marcela Rahal

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Jornalista, repórter e apresentadora. Blog de informação e análise do cenário político nacional

Como a questão fiscal mostra o tiro no pé do governo Lula

Os bons frutos conquistados para a economia foram ofuscados pelo desequilíbrio das contas públicas

Por Marcela Rahal Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 dez 2024, 10h45 - Publicado em 23 dez 2024, 08h09

A falta de uma estratégia de governo do terceiro mandato do presidente Lula tem dado sinais dúbios para a população. Afinal, o governo está no rumo certo ou não? Por um lado, a economia podendo crescer acima do esperado, em 3,5%, por outro, a dólar batendo níveis recordes impactado pelas incertezas fiscais.

A ala gastadora do governo quer mais investimento em benefícios sociais, a outra defende mais contenção de gastos para conseguir equilibrar as contas públicas. O presidente Lula faz gestos nos dois sentidos, é do jogo, mas até certo ponto.

À medida que os sinais ficam confusos, a imagem que se passa para a população é de incerteza, insegurança e fragilidade. Parece um governo dividido, que indo para o terceiro ano ainda não se alinhou em busca de um projeto.

Um bom exemplo disso é o anúncio do pacote de corte de gastos para conseguir manter as contas no zero a zero em 2025. Além de medidas que foram consideradas insuficientes, mas que renderiam um ajuste de 70 bilhões de reais nos próximos dois anos, veio a história da isenção do IR para quem ganha até 5.000, o que representaria mais gastos. O governo ainda tentou vender a ideia de que a medida seria compensada pela taxação dos mais ricos, mas com um projeto ainda muito embrionário. A reação ruim do mercado foi imediata.

Pra piorar, na semana em que o Congresso finalmente votaria o aguardado pacote, o presidente diz que a única coisa errada no Brasil é a alta taxa de juros. Logo depois, o dólar chegou na casa dos 6,30 reais, um recorde para a moeda americana.

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Para tentar reajustar o impacto de tudo isso, no dia em que as medidas foram finalmente aprovadas pelo Legislativo, às custas de muitas emendas, diga-se de passagem, Lula gravou um vídeo com o próximo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçando que não haverá nenhuma interferência no BC e que o governo reconhece a importância do controle fiscal.

O problema é que virou um jogo de morde e assopra que ninguém ganha, nem o governo, nem a população. Todos saem perdendo.

 

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