A indignação do advogado de Braga Netto com Moraes

O advogado José Luis Oliveira Lima, que integra a defesa do general Braga Netto, réu na trama golpista, reiterou, em entrevista ao Ponto de Vista, de VEJA, nesta quarta-feira, 25, que o tenente-coronel Mauro Cid, delator do caso no STF, “mentiu” ao envolver o ex-ministro do governo Bolsonaro no plano. Lima também criticou o fato do ministro do STF Alexandre de Moraes, relator da investigação, ter impedido a gravação da acareação feita entre Netto e Cid.

“Os atos processuais têm que ser gravados. Não foi seguida a regra legal. Isso é uma violação às prerrogativas dos advogados e ao direito de defesa”, afirmou o advogado, completando que, na opinião dele, “o direito de defesa está maculado”.

O defensor de Braga Netto também voltou a negar envolvimento de seu cliente na tentativa de golpe de Estado e pediu que a delação de Cid seja anulada, com base nas revelações feitas por VEJA de que o colaborador conversou com um advogado enquanto estava proibido.

“Ele mente e tem que ter a colaboração anulada. Nada do que esse senhor fala tem credibilidade. Ele joga palavras ao vento e não traz uma única prova”, disse Lima, que também ressaltou que Cid “não respeita nem o Ministério Público, nem o Supremo Tribunal Federal”.

O programa, apresentado por Marcela Rahal, também analisou as principais notícias do dia com o editor de Brasil de VEJA José Benedito.

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