Toffoli suspende leilão do Mr. Lam, restaurante de Eike Batista no Rio
Advogados do empresário afirmaram que juiz do Rio de Janeiro desrespeitou decisão de Dias Toffoli que impede venda de bens sem aval da Corte

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, acolheu nesta quarta-feira, 6, um pedido do empresário Eike Batista e suspendeu o leilão do terreno onde está o Mr. Lam, badalado restaurante chinês do ex-bilionário, que fica na Lagoa, Zona Sul do Rio de Janeiro.
Em uma reclamação movida no STF nesta terça-feira, 5, que tramita em segredo de Justiça, os advogados de Eike sustentaram que a decisão do juiz Rossidelio da Fonte, da 36ª Vara Cível do Rio de Janeiro, de manter o leilão do terreno na valorizadíssima região carioca desrespeita um entendimento do próprio Toffoli, tomado em março. O ministro determinou na ocasião que bens do empresário só devem ser vendidos com aval do Supremo. Dias Toffoli, agora, reiterou sua decisão.
O segundo leilão público para lances nos dois lotes do terreno do Mr. Lam, avaliados judicialmente em 13,5 milhões de reais no total, foi aberto pelo pregoeiro Mario Ricart na última segunda-feira, 4, e os lances se encerrariam pouco depois das 13h desta quarta. O lance inicial por um dos lotes é de 3,3 milhões de reais e, pelo outro, 3,4 milhões de reais – ainda não houve nenhuma proposta.
O leilão era destinado ao pagamento de uma dívida de Eike Batista com Carlos Eduardo Sardenberg Belott, ex-presidente do estaleiro OSX.