Terceira via já tem 11 nomes querendo disputar o Planalto; saiba quem são
É muito provável, no entanto, que a maioria desista para tentar fortalecer candidaturas com potencial para quebrar a polarização entre Lula e Bolsonaro
As pesquisas de intenção de voto feitas pelos principais institutos do país nos últimos dias mostram que a corrida ao Palácio do Planalto em 2022 é, por enquanto, liderada, nesta ordem, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo atual, Jair Bolsonaro.
Mas ainda falta quase um ano para a eleição e muita coisa pode acontecer. Levantamento publicado por VEJA mostra que nas oito eleições presidenciais desde a redemocratização, em quatro delas o candidato que estava mais bem posicionado nas pesquisas a esta altura da corrida não levou a eleição no final.
Até agora, a chamada terceira via já tem onze nomes – assumidamente ou reservadamente — tentando cavar um espaço na disputa entre Lula e Bolsonaro. Veja quem são eles:
- Ciro Gomes (PDT)
- João Doria (PSDB)
- Eduardo Leite (PSDB)
- Arthur Virgilio (PSDB)
- Sergio Moro (sem partido)
- Rodrigo Pacheco (PSD)
- Luiz Henrique Mandetta (DEM)
- Simone Tebet (MDB)
- José Luiz Datena (PSL)
- Luiz Felipe D’Avila (Novo)
- Alessandro Vieira (Cidadania)
Da lista acima, os que têm mais chance de estar realmente na urna eletrônica em outubro de 2022 são o ex-governador Ciro Gomes — que já está em campanha há tanto tempo quanto Bolsonaro e Lula – e um candidato do PSDB, que será definido em inéditas prévias no próximo dia 21 de novembro (João Doria, Eduardo Leite ou Arthur Virgilio, com possibilidades maiores para os dois primeiros).
Também tem boas chances o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que anunciou que está de saída do DEM para o PSD, justamente para viabilizar a sua candidatura à Presidência da República. A cerimônia de filiação, que deverá funcionar como um ato de lançamento de sua candidatura, será na próxima quarta-feira, 27.
Outra candidatura com boas chances de acontecer deve sair do União Brasil, a sigla que nascerá da fusão do DEM com o PSL e que deverá, de cara, ser o maior partido do país. A aliança tem dois presidenciáveis: o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM) e o apresentador de TV José Luiz Datena (PSL). Ainda não está definido como será escolhido o candidato ao Planalto – e até mesmo se haverá um.
Uma candidatura com potencial eleitoral, mas que ainda é uma grande incógnita, é a do ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro, que está sem partido, mas deve se filiar ao Podemos em novembro. Reportagem de VEJA desta semana mostra que ele já tem até marqueteiro e recebe pesquisas qualitativas sobre as suas chances, mas o martelo ainda não foi batido.
Os outros pré-candidatos – Simone Tebet (MDB), Alessandro Vieira (Cidadania) e Luiz Felipe D´Avila (Novo) – têm poucas chances de serem efetivados, mas em política nada pode ser descartado antes da hora.
Se todos forem candidatos, no entanto, ainda assim o número estaria longe de se aproximar de qualquer recorde. A disputa presidencial com mais candidatos até agora foi a primeira após a redemocratização, em 1989, com 22 postulantes ao Planalto – Fernando Collor (PRN) ganhou. A segunda mais disputada foi a de 2018, vencida por Bolsonaro, com treze candidatos.