Tarcísio venceria qualquer aliado de Lula se tentasse a reeleição em SP
Levantamento do instituto Paraná Pesquisas mostra como seriam os confrontos do governador contra Alckmin, Haddad e Márcio França em 2026
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), cotado para ser candidato à Presidência da República em 2026, seria amplo favorito a obter um novo mandato no cargo se decidisse disputar a reeleição, segundo levantamento feito entre os dias 4 e 10 de julho pelo instituto Paraná Pesquisas e divulgado nesta quarta-feira, 9. De acordo com pesquisa, Tarcísio derrotaria todos os principais nomes apontados como possíveis representantes do governo Lula para a disputa.
Leia mais: Sem Tarcísio, disputa pelo governo de SP fica totalmente embaralhada
Leia mais: Eduardo Bolsonaro, Haddad e Alckmin lideram corrida ao Senado por SP
No cenário em que o seu adversário seria o ex-governador e atual vice-presidente da República Geraldo Alckmin (PSB), Tarcísio teria 44,6% das intenções de voto contra 20,6% do adversário. Neste cenário, os demais concorrentes não chegariam a dez pontos percentuais (veja quadro complexo abaixo).
Em outra situação, com o também ex-governador e atual ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB), como adversário, Tarcísio alcançaria uma vantagem ainda maior: ele teria 47,3% das intenções de voto contra apenas 12,3% do rival e 11,1% da deputada Erika Hilton (PSOL) — França e Erika estariam empatados dentro da margem de erro de 2,4 pontos percentuais para mais ou para menos (veja o quadro complexo abaixo).
Pesquisa para o governo do Estado de São Paulo – cenário 2
Já se o adversário fosse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), a vantagem de Tarcísio também seria bastante ampla: ele teria 46,8% das intenções de voto contra 17,2% do petista — veja quadro complexo abaixo.
Pesquisa para o governo do Estado de São Paulo – cenário 1
Segundo turno
Em um eventual segundo turno. Tarcísio também teria boas vantagens em dois cenários pesquisados: 56,4% a 33% contra Alckmin e 61,6% a 24,3% contra França.
Aliados de Lula
De todos os representantes do governo Lula testados contra Tarcísio, apenas Márcio França tem admitido abertamente que vai pleitear a candidatura ao governo. Em 2022, ele também era candidato, mas abriu mão da disputa em favor de Fernando Haddad atendendo a pedido de Lula para tentar fechar uma aliança ampla da esquerda no estado. França acabou disputando o Senado com o apoio do PT, mas perdeu a eleição para o estreante astronauta Marcos Pontes (PL).
Haddad e Alckmin não têm mostrado entusiasmo em disputar a eleição em São Paulo. Alckmin, que já foi governador do estado por quatro mandatos, gostaria de permanecer onde está, como candidato a vice de Lula na disputa presidencial do ano que vem. Ele avalia, inclusive, que seu potencial eleitoral no estado diminuiu depois que trocou o PSDB pelo PSB e aliou-se a Lula, o que dificultaria uma possibilidade de vitória contra Tarcísio, que, ironicamente, herdou boa parte do eleitorado conservador que antes votava em Alckmin.
Já Haddad não gostaria de repetir a disputa contra Tarcísio, embora talvez seja obrigado pelo PT a isso. Em 2022, ele foi fundamental na vitória nacional de Lula, porque, apesar de ter perdido, teve 45% da votação no segundo turno e amealhou 11 milhões de votos entre os paulistas, o que ajudou no triunfo apertado sobre Jair Bolsonaro.
Sem Tarcísio na disputa
Caso Tarcísio opte por disputar a Presidência da República, a disputa ao governo de São Paulo fica bastante embaralhada. O Paraná Pesquisas testou outros nomes no seu lugar, como o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite (PP); o presidente da Assembleia Legislativa, André do Prado (PL); o secretário de Governo, Gilberto Kassab (PSD); e o mais competitivo deles, o prefeito paulistano Ricardo Nunes (MDB).
Em um dos cenários simulados, Nunes teria 29,2% das intenções de voto contra 14,2% de França; 11,8% de Erika Hilton; 8,8% do prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos); 6,5% do ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT); 4,9% do ex-prefeito de Santo André Paulo Serra (PSDB); e 2,9% do empresário Felipe d´Ávila (Novo).
Aprovação
Um dos motivos para o bom desempenho de Tarcísio é a avaliação de sua gestão: 67,4% aprovam o seu trabalho, enquanto 50,1% o consideram ótimo ou bom (veja quadro abaixo).

Aprovação da gestão Tarcísio de Freitas no governo de São Paulo
Pesquisa
O levantamento foi feito por meio de entrevistas com 1.680 eleitores em 84 municípios. A margem de erro é de 2,4 pontos percentuais para mais ou para menos.
Lula mantém popularidade, mas perde terreno entre eleitores independentes
Relator da CPI do Crime Organizado no Senado ajuda Derrite com PL Antifacção
Ibovespa avança após sanções de Trump a petrolíferas russas
Ibovespa cai aos 150 mil pontos em dia de decisão do Copom
Pantanal e Amazônia já superam limite de aquecimento previsto no Acordo de Paris







