Tabata sobre Marçal: “Está inelegível e estará inelegível em 2026”
Ministério Público de São Paulo denunciou coach na terça-feira, 15, por difamar a deputada do PSB durante eleições de 2024

A deputada federal Tabata Amaral (PSB) avaliou que as ações judiciais que visam a inelegibilidade por oito anos do coach Pablo Marçal (PRTB) são consistentes e devem impedi-lo de participar da corrida pelo Palácio dos Bandeirantes em 2026 — mesmo após o influenciador aparecer com até 21% das intenções de votos em uma pesquisa do Datafolha divulgada na semana passada, a depender do cenário.
“Marçal está inelegível e estará inelegível no ano que vem. Todas as ações [judiciais contra ele] são muito consistentes e bastante recheadas de provas. A ação que foi divulgada [que o deixou inelegível], está longe de ser a ação mais grave. Essa diz respeito àqueles vereadores que ele queria subornar, pedir dinheiro para gravar vídeo e por aí vai. Ele ainda vai ser julgado pela ação que a gente comprovou que ele estava pagando com dinheiro vivo para o pessoal fazer campanha para ele no Discord”, disse a parlamentar para VEJA.
“Eu tenho convicção de que ele estará inelegível [em 2026]. Ele é uma pessoa que você pega o Código Penal e o Código Eleitoral, e a página que você escolher, ele já passou por ela. Espero que nossa Justiça olhe para essas formas, tenha celeridade, mas, hoje, ele já está inelegível”, completou.
Na terça-feira, 15, o Ministério Público de São Paulo denunciou Marçal por difamar Tabata durante a campanha à prefeitura da capital paulista de 2024. O coach disse que a deputada teria abandonado o pai à beira da morte para estudar em Harvard.
O coach está inelegível por oito anos desde fevereiro, quando o juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da primeira Zona Eleitoral de São Paulo, declarou que houve participação do influenciador em ações ilegais. “Não há dúvidas de sua decisiva atuação em razão do engajamento direto e pessoal por condutas ilícitas praticadas em benefício de sua candidatura”, disse na decisão. A Justiça considerou que o então candidato trocava apoio político por dinheiro, prometendo fazer vídeos de apoio a candidatos que fizessem doações de campanha para ele.
Na época da condenação, Marçal disse que estava em paz, que não havia feito vídeos em troca de apoio financeiro e que entraria com recurso — que ainda cabe no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).