Suspeito de atirar e matar delator do PCC é preso dentro de batalhão da PM
Prisão ocorreu em Barueri; policial militar é o 26º detido em investigação sobre assassinato de Antônio Gritzbach no aeroporto internacional de Guarulhos

Um policial militar suspeito de ser um dos dois atiradores que assassinaram um delator do PCC no aeroporto de Guarulhos, em novembro do ano passado, foi preso pela PM de São Paulo. Ele foi detido dentro da sede de um batalhão da força em Barueri na última terça-feira, 21.
Com a nova prisão, sobe para 26 o número de detidos no inquérito da Corregedoria da PM-SP, que apura os responsáveis pela execução do empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach. O primeiro dos atiradores foi preso na última quinta-feira, 16, e também não teve a identidade revelada. Ao todo, são dezessete policiais militares e cinco policiais civis presos, sendo dezenove das prisões ocorridas apenas na semana passada — outros cinco civis, ao menos, estão foragidos.
No último sábado, 18, o primeiro-tenente da PM Fernando Genauro da Silva foi preso em Osasco, na região metropolitana de São Paulo, após ser identificado como o motorista do Volkswagen Gol preto utilizado no crime. O veículo foi encontrado horas após o assassinato abandonado em uma favela guarulhense — dentro do carro, havia munições de fuzil e um colete balístico.
O “olheiro” Kauê do Amaral Coelho, de 29 anos, suspeito de ser responsável por indicar a posição de Gritzbach no aeroporto, continua foragido. Na semana passada, a PM prendeu sua namorada, de 28 anos, no âmbito de uma investigação sobre tráfico de drogas — a indiciada seria encarregada de vender as substâncias ilícitas traficadas pelo parceiro.
Relembre o caso
No dia 8 de novembro de 2024, Vinícius Gritzbach foi morto a tiros no terminal 2 do aeroporto de Guarulhos, à luz do dia. O empresário era réu por lavagem de dinheiro do PCC e havia fechado um acordo de delação com a Justiça para apontar integrantes da facção criminosa, incluindo policiais que atuariam junto ao narcotráfico.
Segundo as investigações, o empresário havia rompido com a facção em 2021 e, desde o acordo de delação, integrava um programa de proteção à testemunha. Na data do crime, ele era escoltado por quatro policiais militares, que foram identificados e afastados de suas funções.