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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Sob pressão política, Tarcísio se prepara para enfrentar nova greve em SP

Paralisação soma-se a problemas de articulação com a sua base aliada e que põem em xeque ao menos duas grandes propostas do Executivo

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 19h49 - Publicado em 27 nov 2023, 14h33

A nova greve unificada programada para esta terça-feira, 28, em São Paulo, deverá tornar-se mais um desafio político para a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Organizada por trabalhadores que protestam contra a privatização do Metrô, da CPTM e da Sabesp, a paralisação acontece em meio à escalada da pressão feita pelos sindicatos e no momento em que a articulação de Tarcísio com a Assembleia Legislativa (Alesp) tem se mostrado frágil — inclusive com resistências da própria base aliada na Casa.

Prestes a completar um ano de mandato, o governador de São Paulo tem tido dificuldade para reunir apoio suficiente para colocar à votação algumas de suas principais propostas. Além da própria privatização da Sabesp, têm sido alardeados pelo Palácio dos Bandeirantes como prioridades a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permite a transferência de 5% dos recursos da Educação para a Saúde e a reforma administrativa que pretende enxugar cargos da máquina pública e economizar cerca de 10 milhões de reais mensais aos cofres estaduais. Com a falta de uma base consolidada, o Executivo levou meses para enviar esses dois últimos projetos à Alesp e, atualmente, não há sequer consenso de que as matérias sejam votadas ainda em 2023.

Por outro lado, a tramitação avançada da privatização da Sabesp — a proposta já ganhou parecer favorável em comissões — tem unido os sindicatos de trabalhadores contra a gestão estadual. Após a primeira grande greve que parou o transporte público na capital, em 3 de outubro, a paralisação marcada para esta terça-feira, 28, deverá ter ainda o apoio da Apeoesp, maior sindicato de professores da rede de ensino público paulista. A entidade também se posiciona contra os possíveis cortes na Educação com a PEC enviada ao Legislativo.

Medidas

Para tentar frear o avanço da greve, o governo Tarcísio de Freitas foi novamente à Justiça de São Paulo, nesta segunda-feira, 28, pedir que 100% dos funcionários do Metrô trabalhem nos horários de pico e que, nos demais horários, ao menos 80% dos trabalhadores operem normalmente. Em resposta, o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) determinou que 80% do efetivo seja mantido no horário de pico e 60% nos demais períodos. Em caso de descumprimento, a multa diária é de 700.000 reais. Já para a CPTM, o TRT determinou que 85% do efetivo esteja atuando nos horários de pico, além de 60% nos demais intervalos, sob multa diária de 600.000 reais.

As linhas concedidas do metrô e trens vão funcionar normalmente nas linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda.

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Também para minimizar alguns dos efeitos da greve sobre a população, o governo determinou ponto facultativo nos serviços públicos estaduais prestados na capital na terça-feira, 28. A medida garante a remarcação de horários médicos, exames e demais serviços que estavam agendados para a data, entre eles consultas em Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) e agendamentos no Poupatempo.

Mais de 1,2 milhão de estudantes inscritos no Provão Paulista, que começaria na terça-feira, 28, tiveram as provas reagendadas para a partir do dia 29. Os profissionais da educação estão excepcionalmente excluídos do ponto facultativo, diz a gestão estadual, já que estarão envolvidos na preparação do Provão.

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