Dia das Mães: Assine a partir de 9 por revista
Imagem Blog

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

PSB de Tabata pede que Marçal fique inelegível por causa de ‘cortes’ pagos

Campanha da deputada apresentou contra o coach o mesmo tipo de ação judicial que deixou Bolsonaro inelegível

Por Isabella Alonso Panho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 ago 2024, 19h34

O diretório municipal do PSB, sigla da deputada federal e candidata a prefeita de São Paulo Tabata Amaral, pediu nesta quinta, 22, à Justiça Eleitoral de São Paulo que torne inelegível o seu adversário, o coach Pablo Marçal (PRTB), por abuso de poder econômico devido aos “cortes” de vídeos que ele supostamente pagaria para seus seguidores fazerem. A ação de investigação judicial eleitoral é o mesmo tipo de processo que deixou Jair Bolsonaro inelegível e que quase deu esse mesmo destino ao ex-juiz federal e senador Sergio Moro (União Brasil-PR).

A prática da qual Marçal é acusado foi amplamente divulgada por vários veículos de imprensa. Ele teria um esquema, que opera através do Discord (uma rede social que utiliza áudios), pelo qual o coach supostamente pagaria aos seus seguidores para que eles divulguem “cortes” de vídeos seus. Segundo a ação, haveria uma premiação mais alta para quem conseguisse mais visualizações. O PSB acusa Marçal de cometer abuso de poder econômico porque, segundo o processo, esses vídeos foram usados para promovê-lo eleitoralmente.

“Pelas regras daquele campeonato de corte do Discord, era pré-requisito para a participação que o autor dos cortes utilizasse a hashtag #prefeitomarçal. Isso gerou, antes do período eleitoral, a impressionante marca de mais de 27 mil conteúdos recortados com a referida hashtag”, diz o processo.

Em outro trecho da ação, o PSB afirma que “tais conteúdos indicam que eram feitas não apenas propaganda eleitoral antecipada positiva (em favor de Pablo Marçal) e negativa (com relação a todos os outros candidatos), mas também difundidos inúmeros vídeos com conteúdo político-eleitoral”. Se comprovados, esses atos podem ser interpretados como crimes eleitorais — tirando Marçal das urnas pelos próximos anos.

O PSB pede à Justiça que conceda uma liminar impedindo Marçal de usar o Discord e proibindo as plataformas de redes sociais de remunerá-lo pelos conteúdos produzidos. A sigla pede que o coach seja obrigado a abrir a contabilidade desses “cortes” e a mostrar quem foram as pessoas supostamente beneficiadas com dinheiro.

Continua após a publicidade

A ação pede que, no final, seja reconhecida a “prática de captação ilícita de sufrágio, de abuso de poder econômico e de uso indevido de meios de comunicação social, aplicando-se em seu desfavor as sanções cabíveis, tais como as do art. 22, XIV c.c. XVI da lei complementar n. 64/1990”. Esses dispositivos são os que falam da sanção de inegibilidade, que dura oito anos. Se a ação for julgada procedente ainda em 2024, Marçal ficará fora das urnas até 2032.

Pedido do Ministério Público

Paralelo a isso, no último sábado, 17, o Ministério Público eleitoral pediu a suspensão do registro de candidatura do coach também por causa dos “cortes”. O juiz responsável pelo caso pediu que a petição fosse emendada antes de decidir se concede ou não a liminar — ato cumprido nesta quinta pela Promotoria. A decisão pode sair a qualquer momento. Além desses casos, Marçal acumula enroscos na Justiça tanto pela sua atuação como coach quanto por medidas de adversários de alas do seu próprio partido, o PRTB.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada edição sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.