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Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Polêmicas com shows ainda pressionam o ‘presidenciável’ Gusttavo Lima

Suspeitas envolvendo apresentações do cantor sertanejo provocaram investigações em ao menos sete estados e nem todas chegaram ainda ao final

Por Ramiro Brites Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 jan 2025, 13h50 - Publicado em 14 jan 2025, 09h22

Desde 2022, contratos de prefeituras de cidades do interior com o cantor Gusttavo Lima são alvos de investigações de superfaturamento ou má administração dos recursos públicos. Há dois casos em aberto no Ceará, um no Rio de Janeiro e outro na Bahia. Em sete estados brasileiros, eventos foram cancelados, ou ocorreram, mas foram investigados pelas autoridades. O astro sertanejo chamou atenção ao se colocar como um presidenciável para 2026, mas terá de responder sobre as polêmicas da carreira — leia reportagem da última edição de VEJA.

No último mês de setembro, quando o astro sertanejo teve a prisão preventiva decretada na esteira de um inquérito da Polícia Civil pernambucana sobre lavagem de dinheiro de sites de apostas, a prefeitura de Petrolândia (PE) contratou Gusttavo Lima por 1,1 milhão de reais. A repercussão negativa resultou no cancelamento do evento. Com um habeas corpus, o cantor não chegou a ser preso. Na última quinta-feira, 9, o Tribunal de Justiça de Pernambuco arquivou a investigação contra Lima, mas ressaltou que o caso pode ser reaberto caso se encontrem novas provas. O Ministério Público seguirá com a apuração das suspeitas.

Meses antes, a prefeitura de Icó (CE) tentou contratar o cantor e outras atrações com verba destinada à Educação, que, por óbvio, não poderia ser remanejada para esse fim. Próximo à data do show, que ocorreu em 10 de julho, o município obteve recursos de emendas parlamentares para custear o Forricó 2024 e manteve o evento. O Ministério Público (MP) cearense havia entrado com ação, que foi arquivada, mas pediu que o Ministério Público Federal (MPF) apurasse a conduta da então prefeita Laís Nunes (PDT), que tentou custear o evento com verbas do Fundeb, fundo nacional voltado ao desenvolvimento do ensino básico.

Ainda no Ceará, outro caso tramita sob sigilo no Tribunal de Justiça. Trata-se de uma investigação contra o ex-prefeito de Iguatu, Ednaldo Lavor. Em 2022, ele contratou Gusttavo Lima por 604.000 reais e Zezé Di Camargo e Luciano por 370.000 para o Arraiá do Povo. O valor somado dos shows, de 974.000 reais, foi bem maior do que os 715.000 reais fixados para a promoção de eventos culturais no município. Por isso, a Procuradoria de Justiça dos Crimes contra a Administração Pública (Procap) do MP do Ceará ofereceu uma denúncia.

Em alguns casos, a Justiça interveio para que os shows não acontecessem. Foi o que aconteceu na Bahia com uma apresentação marcada para fevereiro de 2024 no município de Campo Alegre de Lourdes, que contratou Gusttavo Lima por 1,3 milhão de reais. A decisão do juiz Vanderley Andrade de Lacerda destacou que o valor cobrado foi superior a todo o orçamento destinado à Secretaria de Cultura do município. O processo contra a Balada Eventos e Produções, empresa de Lima que agencia os shows do cantor,  e o município ainda não foi encerrado e aguarda julgamento.

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Outro caso em aberto ocorreu no aniversário de 457 anos de Magé (RJ), em 2022, ano em que os contratos com o astro sertanejo estiveram no alvo das autoridades. O show de 1 milhão de reais no interior fluminense teve até aceno ao prefeito Renato Cozzolino (PP). “Alô, prefeito, aquele abraço. Tamo junto”, disse Lima de cima do palco. Atualmente, o inquérito aguarda informações do Tribunal de Contas estadual. Em setembro daquele ano, a Justiça de Roraima cancelou um show de Gusttavo Lima em São Luiz, município de 8.000 habitantes que iria pagar 900.000 reais para contratar o artista.

Já na Paraíba, o Tribunal de Contas apurou e considerou regular a contratação de Lima, pelo mesmo valor, para a festa junina de Santa Luzia de 2022. Por outro lado, em Minas Gerais, o Ministério Público pediu, em maio de 2022, a investigação de um contrato de 1,2 milhão de reais para o cantor se apresentar em Conceição do Mato Dentro. Diante da suspeita, o município e o artista rescindiram o contrato e o procedimento foi arquivado.

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