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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

PGR contesta Toffoli e defende manter ação contra ex-ministro de Bolsonaro

Vice-procuradora-geral da República diz que ação penal contra Rogério Marinho por irregularidades na Câmara de Natal está bem fundamentada

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 jun 2022, 17h50 - Publicado em 3 jun 2022, 12h54

Depois de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli ter suspendido uma ação penal contra o ex-ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho (PL), como mostrou VEJA, a Procuradoria-Geral da República (PGR) discordou do entendimento e defendeu que o processo seja mantido. A ação pelo suposto crime de peculato corre na Justiça do Rio Grande do Norte e trata de fraudes na nomeação de funcionários da Câmara Municipal de Natal entre 2005 e 2007, período em que o ex-ministro bolsonarista era presidente da Casa.

Em manifestação a Dias Toffoli nesta quinta-feira, 2, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo, apresentou razões formais e de mérito pelas quais o habeas-corpus concedido por Toffoli deveria ser rejeitado. Em abril, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) havia mantido a ação penal contra Rogério Marinho, em votação unânime da Sexta Turma.

Para Lindôra, o pedido da defesa de Marinho pela suspensão do processo não deveria ter sido sequer analisado porque trouxe questionamentos a respeito de provas reunidas na denúncia. Ela sustenta que esse tipo de apontamento deve ser feito no âmbito da ação penal, e não por meio de habeas-corpus.

A auxiliar do procurador-geral da República, Augusto Aras, diz ainda que parte da argumentação da defesa foi levada diretamente ao STF, sem análise de instâncias inferiores, o que não poderia ter ocorrido. “Não se observa constrangimento ilegal nas sucessivas decisões que determinaram, motivadamente, o recebimento da denúncia e o prosseguimento da persecução criminal”, afirma Lindôra.

Sobre o conteúdo da acusação, a vice-procuradora avalia que a denúncia do Ministério Público não se baseia em “conjecturas, ilações ou presunções” e está “fundamentada e amparada em documentos apreendidos, comprovantes de pagamento, depoimentos e um largo espectro probatório, confortando ampla justa causa”.

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Ela cita o caso de uma das servidoras supostamente nomeadas fraudulentamente, que nunca prestou serviços à Câmara de Natal, mas trabalhava em uma clínica particular de Rogério Marinho, na qual atendia gratuitamente pessoas carentes. O ex-ministro também teria indicado diretamente outros quatro funcionários cujas nomeações foram investigadas.

“A denúncia descreve com clareza os atos envolvendo Rogério Marinho, os ajustes com os demais vereadores e as vantagens obtidas”, diz Lindôra. “É inegável que o conjunto probatório levantado até o momento é mais do que suficiente para o início da persecução penal”, completa.

Rogério Marinho disputará o Senado no Rio Grande do Norte com apoio do presidente Jair Bolsonaro. Nomeado à pasta do Desenvolvimento Regional em fevereiro de 2020, depois de passar pela Secretaria de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Marinho deixou o governo diante da necessidade de se desincompatibilizar para a corrida eleitoral. Ele se filiou ao PL em novembro, acompanhando a escolha partidária de Bolsonaro para as eleições de 2022.

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