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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
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PF e Abin investigam ataque hacker que ainda afeta nove ministérios

Dois dias após ação, governo trabalha para normalizar o funcionamento do Sistema Eletrônico de Informação

Por Da Redação Atualizado em 25 jul 2024, 16h53 - Publicado em 25 jul 2024, 12h43

Dois dias depois de ter sido alvo de um ataque hacker, o Sistema Eletrônico de Informações (SEI) do governo federal ainda enfrenta instabilidades no funcionamento. A informação foi divulgada em nota pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, responsável pela manutenção da plataforma, nesta quinta-feira, 25.

“As equipes do ministério seguem trabalhando para normalizar o funcionamento do Sistema Eletrônico de Informação (SEI) Multiórgãos em nove ministérios. O MGI reforça que os demais 150 órgãos que utilizam o SEI não foram afetados”, afirma a instituição. O SEI é uma plataforma digital que integra processos administrativos de nove pastas do governo federal, além do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e da Casa da Moeda.

Na última terça-feira, 23, o SEI foi afetado por uma invasão hacker que tirou do ar o Tramita GOV.BR, rede de acesso exclusivo do governo na qual circulam os documentos digitalizados referentes a processos em diversos órgãos federais. O fato foi divulgado apenas no dia seguinte ao ataque pelo Ministério da Gestão, que relatou a ocorrência de um “incidente de segurança cibernética” no sistema.

Por volta das 8h de hoje, a pasta afirmou que o Tramita GOV.BR teve o funcionamento restabelecido na noite anterior e que os serviços ofertados aos cidadãos não foram prejudicados pelo ataque hacker. A Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) investigam as origens da invasão.

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Ataques recorrentes

Não é a primeira vez que o governo federal é alvo de invasões por grupos de cibercriminosos. No último mês de abril, uma falha de segurança no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), que opera os pagamentos realizados pela União, resultou no desvio de 3,5 milhões de reais dos cofres públicos e 200 tentativas de transações irregulares.

Ainda em janeiro de 2023, no primeiro mês do terceiro mandato presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, o sistema digital do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi invadido pelo hacker Walter Delgatti Neto a mando da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Na ocasião, o “hacker da Vaza Jato”, como Delgatti ficou popularmente conhecido, inseriu na plataforma um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

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