Pazuello se corrige e diz que R$ 500 mil em campanha são fundo eleitoral
Equipe do ex-ministro afirma que informação foi inserida por equívoco no sistema do TSE e que o dinheiro, na verdade, veio do PL

Candidato a deputado federal pelo Rio de Janeiro, o ex-ministro da Saúde e general da reserva Eduardo Pazuello (PL) informou que vai corrigir a prestação de contas de sua campanha à Justiça Eleitoral segundo a qual constam 500.000 reais investidos por ele, do próprio bolso, no caixa eleitoral, como mostrou VEJA nesta quarta-feira, 24.
De acordo com a assessoria de Pazuello, o montante não envolve “qualquer quantia de recurso próprio do candidato” e, na verdade, corresponde a recursos do fundo eleitoral repassados a ele pelo PL, seu partido. “A informação foi lançada no sistema com imprecisão, o que acabou causando essa confusão. Porém, já foi retificado”, diz a equipe do candidato.
Tanto o sistema de registro de candidaturas e prestação de contas eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral (veja abaixo, clique para ampliar) quanto o relatório financeiro enviado pela candidatura (veja o documento) mostram, até agora, que o dinheiro seria de “recursos próprios” do ex-ministro da Saúde, uma informação equivocada, segundo sua assessoria de imprensa.
Transferido para o cofre eleitoral nesta terça-feira, 23, o montante de 500.000 reais faria de Pazuello o segundo candidato que mais colocou dinheiro em candidatura própria. Ele só perderia para o coach Pablo Marçal, cuja candidatura à Presidência foi retirada pelo PROS, que aportou 551.000 reais no próprio caixa eleitoral. O valor ainda equivaleria a 39% do 1,2 milhão de reais declarado por ele como o conjunto de seus bens.
O limite de gastos para as campanhas a deputado federal, como a do ex-ministro bolsonarista, é de 3,1 milhões de reais.