Relâmpago: Digital Completo a partir R$ 5,99
Imagem Blog

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

‘Oferece a cabeça aos leões’: a ira de Braga Netto contra chefes militares

Ex-ministro e candidato a vice de Bolsonaro ordenou que ’infernizassem a vida’ de comandantes das Forças Armadas e familiares que não apoiaram o golpe

Por Victoria Bechara Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 nov 2024, 18h09 - Publicado em 26 nov 2024, 17h27

O ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, orientou ataques aos chefes das Forças Armadas que não aderiram ao plano de golpe de Estado. Segundo o relatório da Polícia Federal, ele deu a ordem para que outros investigados disseminassem notícias falsas sobre oficiais nos postos de comando e “infernizassem a vida” de seus familiares.

Em trocas de mensagens, o ex-militar Ailton Barros sugere pressionar o general Marco Antônio Freire Gomes, comandante do Exército no governo Bolsonaro, caso ele mantivesse a posição contra os golpistas. “Vamos oferecer a cabeça dele aos leões”, afirmou Ailton. Braga Netto, por sua vez, concordou e deu a ordem: “Oferece a cabeça dele. Cagão”.

Segundo o documento, o ex-ministro também determinou ataques direcionados ao então comandante da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro Carlos Baptista Júnior. “Senta o pau no Batista Junior. Traidor da pátria. Dai para frente. Inferniza a vida dele e da família”, escreveu. “Elogia o Garnier [Almirante Almir Garnier, comandante da Marinha] e fode o BJ [Baptista Junior]”, acrescenta. Logo depois, Braga Netto encaminhou imagens que associavam o tenente-brigadeiro ao “comunismo” e ao presidente Lula. De acordo com a PF, o ex-ministro também atuou para atacar o general Tomás Paiva, atual comandante do Exército.

“Foram identificados fortes e robustos elementos de prova que demonstram a participação ativa, ao longo do mês de dezembro de 2022, do General BRAGA NETTO na tentativa coordenada dos investigados de pressionarem os comandantes da Aeronáutica e do Exército a aderirem ao plano que objetivava a abolição do Estado Democrático de Direito. Conforme consta nos autos, BRAGA NETTO utilizou o modo de agir da milícia digital, determinando a outros investigados que promovessem e difundissem ataques pessoais ao General FREIRE GOMES e ao Tenente-Brigadeiro BAPTISTA JÚNIOR, além de seus familiares”, diz o relatório.  

Por outro lado, a orientação era difundir elogios ao Almirante Almir Garnier, o único do Alto Comando que teria embarcado. Em depoimento, o general Freire Gomes confirmou que foi pressionado para aderir à tentativa de golpe e disse que tomou conhecimento de ataques pessoais comandados por Braga Netto a seus familiares. Já Baptista Júnior afirmou que foi atacado por não concordar com os planos de ruptura institucional.

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.