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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

O que ‘cabeças brancas’ do PSDB acham de Alckmin como vice de Lula

Ex-governador de São Paulo se filiou ao PSB após romper com João Doria

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 26 mar 2022, 16h31

Apesar da reviravolta política na carreira do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, recém-filiado ao PSB e virtual candidato a vice-presidente na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), alguns de seus antigos companheiros no PSDB paulista lamentam, mas não criticam e até compreendem a mudança.

Entre esses tucanos, há entendimento sobre as poucas alternativas que restaram a Alckmin no PSDB de São Paulo sob domínio do atual governador, João Doria, seu ex-pupilo, e a sedutora proposta apresentada por Lula de retorno ao plano nacional – se não como protagonista, como um coadjuvante expressivo. Reportagem de capa de VEJA desta semana trata do casamento de conveniências entre os dois ex-rivais.

O suplente de senador José Aníbal, que foi secretário de Energia de São Paulo entre 2011 e 2014, durante o governo de Alckmin, vê em sua saída sinais de uma fragilização do PSDB. “Não tiro dele as razões para ter saído do PSDB. Quem criou as condições para isso foi quem ele patrocinou a entrar no partido, João Doria. Sua saída mostra que o PSDB está se fragilizando, perdendo adesão de figuras centrais e sua narrativa, de um partido mudancista”,

Opinião semelhante tem o ex-senador Aloysio Nunes Ferreira. “O PSDB fica menor com a saída de Alckmin, é um desfalque muito grande. Ele percebeu uma conjuntura que lhe permitia ter um destino nacional, e aproveitou. É uma aliança simbólica, de uma frente democrática, uma disposição de Lula de, se eleito, fazer um governo amplo. Mas não basta Alckmin fazer parte da chapa, é preciso uma sinalização de qual seria o conteúdo político dessa frente”, avalia o ex-senador e ex-ministro, que em janeiro teve um encontro com Lula, em meio aos esforços do petista para estabelecer pontes com nomes da velha guarda tucana, mais identificados com a social-democracia que fundou a legenda.

“PT e PSDB desde sempre tiveram conflitos e disputas muito sérias, mas isso não impediu que muitas vezes, sem aliança explícita, tivessem pautas comuns e realizações pelo Brasil, em que colaboraram. É preciso resgatar um pouco esse espírito, somar em torno de algumas questões, para reconstruir o Brasil depois de Bolsonaro”, completa Nunes.

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Orgulhoso de ser o sétimo signatário da fundação do PSDB, Geraldo Alckmin foi o candidato tucano à Presidência em 2006, contra Lula, e em 2018 amargou o pior resultado da história do partido em eleições nacionais, 4,7% dos votos, quando Jair Bolsonaro arrebatou o eleitorado de direita. O PSDB atualmente se divide entre o grupo de Doria, até agora muito decidido a manter sua candidatura presidencial, embora engatinhe nas pesquisas de intenção de voto, e o grupo de “cabeças brancas” que defende uma alternativa ao governador paulista na corrida presidencial, como o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. São expoentes da ala refratária a João Doria e simpática a Leite o deputado Aécio Neves (MG), o senador Tasso Jereissati (CE) e o José Aníbal, todos ex-presidentes do PSDB.

“Há uma mudança de guarda no PSDB com a saída do Alckmin. A renovação do partido veio pela centro-direita, que ocupou espaço falando de gestão, de um governo gerente. Esse discurso pegou no partido não só por João Doria. O Eduardo Leite é a mesma coisa”, diz o cientista político Carlos Melo, do Insper.

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