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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Moraes manda ‘Fátima de Tubarão’ cumprir pena de 17 anos de prisão

Presa por participação no 8 de Janeiro, idosa de SC é usada como exemplo por bolsonaristas em movimento por anistia

Por Redação Atualizado em 5 nov 2024, 15h45 - Publicado em 5 nov 2024, 11h41

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que Maria de Fátima Mendonça Jacinto, conhecida como “Fátima de Tubarão”, comece a cumprir pena por participação nos atos de 8 de janeiro de 2023. A decisão foi publicada na segunda-feira, 4.

Fátima tem 69 anos de idade e está presa em Criciúma (SC) desde janeiro de 2023. A idosa foi condenada a dezessete anos de prisão por atuar nas manifestações violentas em Brasília, em meio à multidão de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que invadiu e depredou os prédios dos Três Poderes.

Não há possibilidade de novos recursos da defesa de Fátima junto ao STF. Moraes determinou o trânsito em julgado da condenação, inicialmente em regime fechado, e descontou da pena total o tempo de prisão provisória já cumprido por ela.

Tentativa de golpe e abolição do Estado de Direito

Natural de Tubarão, no sul de Santa Catarina, Fátima foi detida em 27 de janeiro de 2023 após ser identificada como incitadora e participante dos atos golpistas em Brasília. A idosa publicou vídeos nas redes sociais em meio à destruição generalizada nos prédios — nas imagens, ela declara que “vai pegar o Xandão”, que está “quebrando tudo” e também que teria defecado em um dos banheiros do Supremo.

Durante as investigações conduzidas pela PF, “Fátima de Tubarão” foi denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de associação criminosa armada, golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, depredação do patrimônio tombado e dano qualificado. Em agosto de 2024, após um ano e meio provisoriamente detida, a catarinense foi condenada a 17 anos de prisão pelo STF.

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Reação bolsonarista

Pelas redes sociais, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) ironizou a prisão de Fátima, comparou com as decisões recentes do STF sobre envolvidos na Lava-Jato e alegou que “não há proporcionalidade” nas decisões da Corte. “Uma mulher que caga na mesa do Moraes – atitude ridícula – pega 17 anos de cadeia”, publicou em seu perfil no X.

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O caso de Fátima de Tubarão é um dos que são usados pelo bolsonarismo para tentar fazer avançar a aprovação de uma anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro pelo Congresso. O projeto é considerado prioritário pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores no Parlamento

Na semana passada, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), retirou o projeto da Comissão de Constituição e Justiça, controlada por bolsonaristas, e criou uma comissão especial para avaliar a proposta.

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