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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Médico é condenado pelo estupro de 33 mulheres no Paraná

Felipe Sá Ferreira cumprirá uma pena de mais de 35 anos e vai perder o registro profissional; em 2022, ele foi candidato a deputado federal pelo Novo

Por Isabella Alonso Panho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 set 2024, 13h08 - Publicado em 4 set 2024, 12h56

A Justiça do Paraná condenou a uma pena de 35 anos, um mês e nove dias de prisão o médico ginecologista e obstetra Felipe Sá Ferreira por estuprar suas pacientes. De acordo com o que divulgou o Ministério Público paranaense, a condenação teve como base denúncias de 33 vítimas que decidiram representar contra o médico. No entanto, durante as investigações, a polícia chegou a receber relatos de mais de quarenta mulheres. O caso aconteceu em Maringá, cidade do norte do Paraná.

O processo está em segredo de Justiça. Ferreira chegou a ser preso durante o curso da ação, mas conseguiu o direito de responder e recorrer em liberdade. Trecho da denúncia apresentada pela Promotoria diz que ele violentava suas pacientes tanto no seu consultório particular quanto no hospital em que realizava procedimentos cirúrgicos. Os crimes aconteceram entre 2017 e 2022.

“Na condição de médico ginecologista e obstetra, durante a realização de exames e consultas ginecológicas e obstétricas, inclusive em procedimentos cirúrgicos, passou a praticar condutas anômalas e destoantes da boa praxe e literatura médica, em detrimento do pudor e dignidade sexual de várias pacientes, com o intuito de satisfazer sua luxúria, lascívia sexual e concupiscência, cujos crimes contra a dignidade sexual ocorreram entre os anos de 2017 a 2022, todos dentro do consultório médico do ora denunciado […] e no Hospital em que o mesmo prestava seus serviços médicos, consistente em atos e condutas que violaram a dignidade sexual de suas pacientes mulheres, na grande maioria dos casos, mediante carícias libidinosas […] e outros comportamentos libidinosos”, diz a denúncia. 

A sentença, proferida pela 4ª Vara Criminal de Maringá na última sexta, 30, proibiu Ferreira de exercer a profissão e ordenou que ele pague uma indenização de 15 mil reais a cada uma das vítimas. O registro dele junto ao Conselho Regional de Medicina do Paraná consta como “suspenso por ordem judicial”.

Em 2022, Ferreira chegou a ser candidato a deputado federal pelo Novo. Ele obteve pouco mais de 2.500 votos e não se elegeu. A maior bandeira defendida por ele na campanha foi a luta contra a descriminalização do aborto.

A reportagem busca contato com a defesa de Ferreira. O espaço está aberto para manifestação.

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