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Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Investigação sobre bets ainda assombra o ‘presidenciável’ Gusttavo Lima

Ministério Público pediu o arquivamento de apuração sobre lavagem de dinheiro envolvendo o cantor sertanejo, mas juíza ainda não acatou o pedido

Por Ramiro Brites Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 jan 2025, 16h23 - Publicado em 3 jan 2025, 15h02

O cantor Gusttavo Lima iniciou 2025 provocando polêmica ao se colocar como presidenciável na eleição de 2026. Se entrar de fato no mundo da política, o astro sertanejo poderá ser cobrado a dar explicações sobre uma investigação envolvendo suas relações com sites de apostas. Embora o Ministério Público tenha pedido — e reforçado no último dia 20 de dezembro — o arquivamento da apuração contra o artista e outras pessoas, ainda não há uma decisão da Justiça nesse sentido.

Em 2024, o artista foi incluído em uma investigação sobre um suposto esquema de lavagem de dinheiro. A Operação Integration, deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco, chegou ao cantor por causa de suspeitas relacionadas à venda pela sua empresa, a Balada Eventos, de um avião para a JMJ, do empresário José André da Rocha Neto, dono da Vaidebet, site de apostas que tinha o cantor como garoto-propaganda e que também era alvo da operação.

Os investigadores chegaram a pedir a prisão de Gusttavo Lima, mas o pedido foi negado pela Justiça. A mesma sorte não teve outra celebridade, a influenciadora e advogada Deolane Bezerra, que chegou a ser presa junto com a sua mãe, Solange Bezerra — elas foram soltas dias depois. Além dos influenciadores, também são investigados na operação os empresários José André da Rocha Neto e sua mulher, Aislla Rocha (donos da Vaidebet), Thiago Lima Rocha e Rayssa Ferreira Santana Rocha (donos da Zelu Brasil Facilitadora de Pagamentos) e Darwin Henrique da Silva Filho (dono da Esportes da Sorte).

Em dezembro, o Ministério Público de Pernambuco, onde a investigação ocorre, pediu o arquivamento por falta de provas, mas recomendou que a apuração em relação às empresas Vaidebet e Zelu Brasil Facilitadora de Pagamentos continuassem na Paraíba, domicílio dos empresários.

A juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal da Capital, rejeitou o pedido de arquivamento e criticou o posicionamento do MP em despacho no último dia 16 de dezembro. “A postura de ‘insistir no arquivamento’ dos investigados Nivaldo Batista Lima (Gusttavo Lima), José André da Rocha Neto, Aislla Sabrina Truta Henriques Rocha, Thiago Lima Rocha e Rayssa Ferreira Santana Rocha, ao mesmo tempo que se solicita o envio dos autos para que o Ministério Público da Paraíba tome as providências que entender pertinentes, configura uma postura ambígua e sem clareza”, disse a magistrada. Ela pediu uma manifestação “inequívoca” da Procuradoria-Geral de Justiça, em que esclareça se a investigação deve ser arquivada ou continuada. “A Justiça exige clareza e comprometimento com a verdade e não comporta posições vagas ou indecisões”, concluiu.

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Troca de farpas

Todo o processo de investigação foi marcado por trocas de farpas entre a magistrada, que demonstrou alinhamento com a investigação da Polícia Civil, e o Ministério Público. Nos autos, integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP, disseram que a “magistrada de piso vem cometendo abusos que importem em inversão tumultuária do processo”, que ela violou o “dever funcional de tratar com urbanidade o Ministério Público e, mais grave ainda, faltando com a verdade em relação à atuação ministerial”. A manifestação ocorreu como resposta a uma decisão de novembro, em que a magistrada deu cinco dias para uma posição do MP, logo depois de os procuradores declararem a “necessidade de aguardar a conclusão de todas as diligências”.

Candidatura à Presidência

Em entrevista ao portal Metrópoles nesta semana, o cantor sertanejo se colocou como um possível presidenciável em 2026. A surpreendente entrevista gerou atritos no bolsonarismo. Como mostrou a coluna Radar, de VEJA, aliados de Jair Bolsonaro afirmam que o artista havia dito ao ex-presidente que pretendia se candidatar ao Senado e acham que a hipótese lançada pelo cantor de disputar o Planalto foi uma jogada em parceria com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que é presidenciável e disputa o eleitorado de direita com Bolsonaro.

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