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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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IBGE: analfabetismo cai, mas ainda afeta mais de 11 milhões de brasileiros

Dados do Censo Demográfico de 2022 mostram que a taxa no país caiu de 9,6% para 7% em doze anos, mas desigualdade entre regiões e raças ainda é grande

Por Victoria Bechara Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 Maio 2024, 13h11 - Publicado em 17 Maio 2024, 12h51

A taxa de alfabetização dos brasileiros caiu de 9,6% para 7% em doze anos, segundo dados do Censo Demográfico de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira, 17. 

Dos 163 milhões de pessoas de 15 anos de idade ou mais, 151,5 milhões sabiam ler e escrever um bilhete simples e 11,4 milhões não sabiam. Assim, a taxa de alfabetização foi de 93% em 2022 e a de analfabetismo foi de 7%. No Censo 2010, as taxas eram de 90,4% e 9,6%, respectivamente. 

A taxa de analfabetismo no Nordeste caiu para 14,2%, mas continua sendo o dobro da média nacional (7,0%). Além disso, pessoas de 65 anos ou mais na região têm índice de analfabetismo 3,5 vezes maior do que o registrado na região Sul para o mesmo grupo etário.

O Sul tem maior taxa de alfabetização (96,6%) seguido pelo Sudeste (96,1%), Centro-Oeste (94,9%) e Norte (91,8%).  Entre os estados, Santa Catarina, Distrito Federal e São Paulo têm os melhores índices. Alagoas ocupa o último lugar do ranking. 

As taxas de analfabetismo de pretos (10,1%) e pardos (8,8%) são mais do dobro da taxa dos brancos (4,3%). Apesar disso, a diferença caiu de 8,5% para 5,8% em doze anos. Para os indígenas (16,1%), é quase quatro vezes maior, mas também caiu de 17,4% para 11,7%. 

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Municípios

Os números do IBGE também mostram que a taxa de analfabetismo em pequenos municípios é quatro vezes maior do que a de cidades com mais de 500.000 habitantes.

“A alfabetização é de responsabilidade dos municípios e está diretamente relacionada aos recursos que os municípios têm para investir em educação. A taxa de analfabetismo é menor nos municípios acima de 100 mil habitantes porque eles dispõem de mais recursos e infraestrutura para educação, além de outros fatores como localização, idade média e áreas urbanas ou rurais”, explica Betina Fresneda, analista da pesquisa. 

As maiores taxas de analfabetismo estão no Nordeste, em cidades de até 10 mil habitantes, todas do Piauí – Floresta do Piauí (34,7%), Aroeiras do Itaim (34,6%), Massape do Piauí (34,3%), Paquetá do Piauí (34,3%) e Padre Marcos (34,0%). 

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