Governadores pró-anistia representam metade do Brasil, diz Jorginho Mello
Gestor de Santa Catarina afirma que tentará a reeleição em 2026 e que Bolsonaro segue como candidato do PL ao Palácio do Planalto

Na manifestação que Jair Bolsonaro fez na Avenida Paulista no último domingo, 6, o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), integrou uma comitiva de governadores que subiu ao palanque ao lado do ex-presidente em defesa da anistia aos condenados pelos ataques do 8 de Janeiro, gesto que pode ajudá-lo a se manter no páreo para 2026.
Em entrevista a VEJA, Mello, que foi senador, confirma os planos de se candidatar à reeleição em 2026 e diz que os governadores que ladearam o ex-presidente na Paulista serão peças fundamentais para que os bolsonaristas possam angariar o apoio necessário ao PL da Anistia — no final da semana passada, o grupo conseguiu as 257 assinaturas necessárias para propor a tramitação de urgência do pacote da anistia. “Os governadores que apoiam a anistia representam mais da metade da população brasileira”, disse. Os sete governadores presentes ao ato na Avenida Paulistaa, de fato, governam para 75 milhões de eleitores, quase a metade do eleitorado total do país (155 milhões).
Veja a entrevista a seguir:
Por que o senhor foi ao ato da Avenida Paulista com Bolsonaro? Fui à Paulista porque acredito na defesa da liberdade de expressão, da democracia, da propriedade privada e dos direitos individuais. Esse ato foi uma forma de mostrar que não podemos abrir mão dessas liberdades fundamentais. As pessoas têm o direito de se manifestar, de opinar e de lutar por aquilo em que acreditam — e é por isso que eu estava lá.
Qual a sua avaliação sobre a as chances do pacote da anistia passar na Câmara? Acredito que o projeto de lei vai passar na Câmara, inclusive com o regime de urgência. Os deputados de direita estão conscientes da importância desse projeto e vão fazer de tudo para garantir sua aprovação. Esse é um tema que mobiliza a base conservadora e representa um passo essencial para corrigir exageros, restabelecer a Justiça e proteger o direito à manifestação. A anistia é um gesto de pacificação. E tenho plena confiança de que o Congresso vai ouvir o clamor das ruas, que tem sido claro e firme.
Como está a união do PL em torno dessa bandeira? O Partido Liberal está absolutamente unido em torno da aprovação do pacote da anistia. Essa é uma bandeira que representa não só os valores do nosso partido, mas também o sentimento de milhões de brasileiros. Os parlamentares do PL têm atuado de forma coesa, dialogando com outras bancadas e buscando apoio para garantir que esse projeto avance com força no Congresso. E tudo isso está sob a batuta do presidente Bolsonaro, que tem liderado esse movimento com firmeza, coragem e clareza de propósito. Estamos todos comprometidos com essa causa e vamos seguir firmes até a aprovação.
E que outros partidos o senhor acredita que estarão acompanhando o PL? Todos os partidos de direita estão envolvidos e engajados na aprovação. Essa é uma pauta que ultrapassa siglas e une todos aqueles que defendem a liberdade, a Justiça e o direito de manifestação. Prova disso é a presença dos governadores de diferentes siglas no ato da Paulista. Os governadores que apoiam a anistia representam mais da metade da população brasileira. O presidente Bolsonaro está na liderança dessa união, articulando com firmeza e clareza para garantir que esse projeto avance. A anistia virou uma causa nacional, e quem defende a democracia sabe da importância de aprová-la.
Quais são os planos do senhor para 2026? Pretende uma reeleição no estado, retorno ao Senado? Já é pré-candidato a algum desses espaços? Sim, pretendo disputar a reeleição no estado em 2026. Tenho muito orgulho do trabalho que estamos realizando e acredito que ainda há muito a contribuir para Santa Catarina. O projeto de transformar o nosso estado, sempre alinhado com os valores conservadores que defendo e ao lado do nosso ex-presidente Bolsonaro, tem que continuar. E tenho certeza de que ele será presidente novamente. E, com ele de volta à presidência, quero continuar no governo, trabalhando com ainda mais força para garantir que Santa Catarina siga no rumo certo, com mais desenvolvimento, segurança, liberdade e respeito às famílias que escolhem viver aqui.