Evento de aniversário do PT tem confusão com Lindbergh e Eduardo Bolsonaro
Filho do ex-presidente levou faixa ironizando escândalos de corrupção do partido e entrou em bate-boca com o petista
O começo da sessão solene da Câmara dos Deputados em comemoração aos 44 anos do Partido dos Trabalhadores foi marcado por uma confusão entre adversários políticos. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, levou para o evento uma faixa vermelha com os dizeres “44 anos de corrupção, parabéns” e teve um bate-boca com o também deputado Lindbergh Farias (PT-RJ).
Em vídeo divulgado nas redes sociais pelo petista, ele rebate a faixa que ironiza os escândalos de corrupção protagonizados pelo PT relembrando o caso das joias sauditas, no qual Jair Bolsonaro é investigado pela suposta venda de presentes que seriam patrimônio da União.
“E o ladrão de joias?”, grita Lindbergh, acompanhado dos pares. Ele próprio foi citado em uma das delações da Odebrecht na operação Lava Jato, como suposto destinatário de uma propina de R$ 4,5 milhões. Nada foi comprovado e Lindbergh nunca chegou a responder a qualquer processo na força-tarefa.
🚨URGENTE!
Bananinha e uma turma de fascistas quiseram lacrar em sessão solene em homenagem aos 44 anos do PT e nós colocamos eles pra correr! Aqui não! pic.twitter.com/QFsZyHnlhc
— Lindbergh Farias (@lindberghfarias) March 20, 2024
A confusão só termina quando os dois são apartados por colegas de Câmara. No registro, Eduardo Bolsonaro vai para o fim do salão, mas não é possível ver se ele deixou o recinto.
A sessão solene é presidida pela deputada Maria do Rosário (PT-RS), que pediu a intervenção da Polícia Legislativa para que a faixa fosse retirada. Ela disse que o artefato é “não regimental” e que os parlamentares que a erguiam “não respeitam a democracia”. “Os deputados não permanecerão desonrando o parlamento. Ou comporta-se como deputado ou se retira”, disse a presidente da solenidade.
Os presentes na sessão entoaram o coro “sem anistia”, bordão usado na última campanha de Lula para pedir a condenação de Bolsonaro nas investigações de que ele é alvo. Nesta terça, 19, o ex-presidente foi indiciado pela Polícia Federal ao lado de mais dezesseis aliados pela fraude nos seus cartões de vacinação. O caso está com a Procuradoria-Geral da República, que tem quinze dias para decidir se o coloca no banco dos réus.