Estiagem: governo de SP faz investimento bilionário no combate à seca

Após um ano marcado pelos efeitos de uma severa estiagem em todo o estado, o governo de São Paulo decidiu investir cerca de 1,6 bilhão de reais em ações de combate à seca.

As iniciativas foram divididas em quatro grandes braços de atuação.

Apenas em perfuração de poços, o que aumenta o abastecimento de água nos municípios, foram investidos 137 milhões de reais. Desde o final de 2023, foram inaugurados 127 poços profundos em 116 municípios paulistas, garantindo uma vazão total de 5,8 milhões de litros de água por hora. Mais treze poços estão em fase de construção em onze municípios pela SP Águas.

Além dos poços, o governo estadual investiu ainda 205 milhões de reais na construção de três piscinões em Franco da Rocha, na região metropolitana, e 806 milhões de reais em duas barragens na região de Campinas.

O estado de São Paulo também tem investido no desassoreamento de rios. Em linhas gerais, a medida é uma ação de combate à seca, uma vez que cada metro cúbico de resíduo retirado dos rios é um metro cúbico de água recuperado disponível para o abastecimento. Desde 2023, a SP Águas investiu 740 milhões de reais no desassoreamento de cursos d’água — valor que deve ultrapassar a cifra de 1 bilhão de reais. A operação também permite que a captação de água pelos serviços municipais de água e esgoto fique mais fácil, ampliando a vazão.

Como forma de garantir a produtividade de propriedades rurais, foram investidos ainda 200 milhões de reais no Plano Estadual de Irrigação, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. O recurso será liberado por meio de linhas de crédito específicas para infraestrutura de irrigação, com o objetivo de ampliar a área irrigada do estado de 6% para 15% da área total produtiva.

Outra frente de atuação é por meio do combate a incêndios florestais. Até setembro do ano passado, a Operação São Paulo Sem Fogo recebeu investimento de quase 170 milhões de reais em equipamentos anti-incêndio, veículos, limpeza de áreas próximas a rodovias, boletins meteorológicos e monitoramento via satélite até setembro de 2024.

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