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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Escala 6×1: aliados de Lula fazem ato e pedem prioridade à pauta na Câmara

Deputados prometem manifestação e apresentação de PEC nesta terça-feira, 25; petistas defendem o tema como 'bandeira' do governo

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 fev 2025, 20h17 - Publicado em 24 fev 2025, 16h31

Parlamentares aliados ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva prometem um ato em defesa do fim da jornada 6×1 nesta terça-feira, 25, na Câmara dos Deputados. Na ocasião, a deputada Erika Hilton (PSOL-SP) deverá apresentar a proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê o fim da escala em que há apenas uma folga a cada seis dias de trabalho.

Segundo o deputado André Janones (Avante-MG), a manifestação, que tem conclamado a adesão da “militância”, tem como objetivo “pautar o debate” sobre o tema que, de acordo com ele, “tende a ser a grande pauta do ano”. Também estão previstos “panfletaços” em diversas capitais do país.

A PEC foi apresentada por Hilton em meados do ano passado e já tem mais de 230 assinaturas para que comece a tramitar — o mínimo necessário era de 171.

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Apesar do quórum atingido, os deputados que apoiam o texto anunciaram que pretendiam protocolar a PEC somente após a troca de comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, o que deve acontecer no começo de março. O objetivo seria evitar uma possível derrota prematura no colegiado, que é atualmente comandado por Caroline de Toni (PL-SC) — a parlamentar é frontalmente contra o fim da jornada de trabalho 6×1.

Para que comece a tramitar, a PEC, depois da coleta de assinaturas, precisa ser apresentada oficialmente e, depois, passar pela CCJ, que analisa a admissibilidade da proposta. A partir de então, o texto começa a ser analisado por outras comissões.

Atualmente, a Constituição limita a jornada de trabalho a jornadas de 44 horas semanais e a oito horas diárias. A PEC da parlamentar, além de extinguir a escala 6×1, propõe jornada semanal máxima de 36 horas, sendo quatro dias de trabalho e três dias de folga. Por isso, a viabilidade econômica de sua implementação tem sido alvo de críticas não apenas do patronato, mas também de economistas e de pesquisadores.

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Bandeira petista

Para além da importância do tema em si, a discussão da escala 6×1 é tida por parlamentares da base governista como uma estratégia de se ter uma “bandeira” para chamar de sua, principalmente no momento em que a oposição aliada a Jair Bolsonaro tem se articulado para consolidar a pauta da anistia aos presos do 8 de Janeiro.

Na última semana, o ex-ministro e petista histórico José Dirceu defendeu que o fim da jornada seja uma da “agendas prioritárias” do partido e do campo da esquerda em 2025. “É hora de assumir com garra essa bandeira para acabar com o regime de semiescravidão dos empregados do comércio, que não podem desfrutar do fim de semana com seus familiares e amigos”, afirmou em artigo publicado no portal Congresso em Foco.

A toada é a mesma seguida por Lula. No evento que comemorou os 45 anos do Partido dos Trabalhadores, no último sábado 22, o presidente reafirmou a guinada que a legenda tem tentado imprimir junto aos seus seguidores: a de reaproximação com o trabalhador brasileiro.

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“A pergunta que eu prefiro fazer é a seguinte: 45 anos depois, estamos atuando no dia a dia dos trabalhadores e das trabalhadoras? A verdade é que precisamos voltar a discutir política dentro das fábricas, no local de trabalho, e onde a classe trabalhadora está. Na cidade e no campo (…) porque se a gente aparece apenas de quatro em quatro anos para pedir voto, seremos iguais a qualquer partido político desse país”, declarou.

A pesquisa Datafolha de fevereiro que mostrou recorde de rejeição de Lula acendeu um alerta no governo no que diz respeito à sua aceitação entre a classe trabalhadora. Segundo o levantamento, entre os que ganham até dois salários mínimos, a aprovação caiu de 44% para 29%.

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