Eduardo: Moraes tenta humilhar Bolsonaro e desafia Trump abertamente
Deputado diz que ação acontece na esteira do anúncio de Donald Trump de impor sanções tarifárias ao Brasil

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou a operação da Polícia Federal desta sexta-feira, 18, que teve como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro, e que foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação da PF apontou que tanto Eduardo quanto o ex-presidente vêm atuando, ao longo dos últimos meses, junto a autoridades governamentais dos Estados Unidos com o intuito de obter a imposição de sanções contra agentes públicos brasileiros.
Eduardo reiterou que a ação acontece na esteira da carta que o presidente americano Donald Trump anunciou sanções tarifárias ao Brasil, creditando-as a uma “caça às bruxas” do Judiciário brasileiro a Bolsonaro.
“O que Alexandre de Moraes está fazendo é o que a gente já podia esperar dele. Ele está dobrando a aposta. Ele sempre faz isso. Meu pai cumpriu todas as ordens do Moraes, mesmo tendo a convicção de que eram ordens ilegais. Então, não há motivo para essa proibição de deixar o país, de confiscar o passaporte dele. O que ele (Moraes) está fazendo é basicamente uma humilhação, e ele está desafiando Trump na frente de todos. O lado bom disso é que ele está mostrando que ele é um ditador. Lula é um problema, é um criminoso, um gangster, mas Alexandre de Moraes está saindo na frente de todos, e pegando toda a atenção a ele ao fazer isso”, afirmou em entrevista ao canal Real America’s Voice, que tem como um dos apresentadores o ex-estrategista de Trump Steve Bannon.
Também nesta sexta-feira, 18, Eduardo Bolsonaro emitiu um comunicado repudiando a operação da PF. Na nota, ele voltou a classificar Moraes como um “ditador” e diz que o ministro tenta fazer de Jair Bolsonaro um refém.
Recebi com tristeza, mas sem surpresa, a notícia da invasão da Polícia Federal à casa do meu pai nesta manhã. Há tempos denunciamos as ações do ditador Alexandre de Moraes — hoje, escancaradamente convertido em um gangster de toga, que usa o Supremo como arma pessoal para perseguições políticas. Mais uma vez, ele confirma tudo o que vínhamos alertando.
Não bastasse ordenar censura e medidas de coerção contra o maior líder político do Brasil — alguém que nunca se furtou a cumprir decisões judiciais e sempre participou do processo legal —, a decisão desta vez se apoia num delírio ainda mais grave: acusações construídas com base em ações legítimas do governo dos Estados Unidos, iniciadas logo após o anúncio das tarifas impostas por Donald Trump ao Brasil.
Na prática, Alexandre de Moraes está tentando criminalizar Trump e o próprio governo americano. Como é impotente diante deles, decidiu fazer do meu pai um refém. Com isso, além de atacar a democracia brasileira, ele ainda deteriora irresponsavelmente as relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos — um ato de sabotagem institucional de consequências imprevisíveis.
Alexandre precisa entender que suas ações intimidatórias não têm mais efeito. Não vamos parar. Silenciar meu pai não vai calar o Brasil. Eu e milhões de brasileiros seguiremos falando por ele — cada vez mais firmes, mais conscientes e mais determinados — até que a nossa voz seja ensurdecedora.
Eduardo Bolsonaro
Deputado Federal em Exílio
Filho do Presidente Jair Bolsonaro