Digital Completo: Assine a partir de R$ 9,90
Imagem Blog

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Crise no PT: ‘Discussão não pode contaminar governo’, diz Humberto Costa

Presidente interino diz que disputa por sucessão no comando da legenda é natural, mas que foco deve ser a união e construção de projeto para 2026

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 16 mar 2025, 08h00

A poucos meses da eleição interna que vai definir o novo presidente do Partido dos Trabalhadores, a legenda vive clima de guerra deflagrada entre suas fileiras.

A edição de VEJA desta semana mostra como o grupo liderado por Gleisi Hoffmann — ex-cacique e agora ministra do governo Lula — tem se oposto ao candidato considerado até então favorito — e nome apoiado pelo próprio presidente —, Edinho Silva.

Em entrevista a VEJA, o presidente interino do PT, senador Humberto Costa (PE), falou sobre a necessidade de se “baixar a temperatura” na sigla e criticou a forma que a disputa está sendo tratada. “Acho que está sendo feita de maneira açodada, incorreta, e o PT não pode permitir que esse tipo de discussão venha a contaminar o governo”, diz.

Leia abaixo os principais trechos da entrevista.

Na reunião que aconteceu na casa da ministra Gleisi Hoffmann, foram feitas críticas duras a Lula sobre a viabilidade da candidatura de Edinho Silva, que, por sua vez, se disse “indignado” com a maneira como o encontro foi conduzido. Como está o clima no partido agora? Tanto eu quanto a ministra Gleisi procuramos esclarecer a ele que essa reunião que foi inadequadamente vazada para a mídia não foi uma reunião para atacá-lo. Foi uma reunião, num primeiro momento, para comunicar ao presidente e submeter a ele esse processo do exercício da presidência temporária. E depois, a gente já vinha querendo, há um bom tempo, conversar com ele sobre a sucessão do PT. Se abriu esse debate. No final, o presidente fez uma manifestação dizendo que era importante que a gente conversasse com o Edinho. Que não podia ter uma parcela importante da CNB que não concordasse, que era muito ser difícil ser presidente assim, e que era importante conversar com ele.

Continua após a publicidade

Houve então uma distensão dessa animosidade? A questão é que houve uma ebulição muito grande. Na minha avaliação, um tanto desnecessária, mas já foram feitos alguns movimentos no sentido de tentar abaixar essa temperatura, e estamos observando para ver se isso adiantou. Porque o processo já foi totalmente definido em torno dos procedimentos, dos prazos. Agora, é fazer a discussão não somente sobre a candidatura a presidente nacional, mas também sobre programa, projeto, estratégia nossa, para a eleição do ano que vem.

Mesmo com os movimentos sendo feitos no sentido de se baixar a temperatura, ainda há um impasse sobre quem será candidato. Qualquer filiado do PT pode se apresentar como candidato. O nome que realmente veio à público foi o do ex-prefeito Edinho, que faz parte da nossa corrente majoritária, que é a CNB. Mas com certeza surgirão outros nomes até o esgotamento do prazo. Eu acho que a disputa é por espaços. E também não vejo divergências nisso. Quem defende que o PT e o governo devam ampliar a chapa, a frente para a eleição do ano que vem? Todo mundo. Quem defende que o governo deva dar continuidade à política que está sendo encaminhada pelo próprio governo e que tem como base o programa de governo encabeçado pelo PT? Todo mundo. Então o que tem é uma disputa de espaço que é natural acontecer, mas que está sendo feita de maneira açodada, incorreta, e o PT não pode permitir que esse tipo de discussão venha a contaminar o governo. Acho que todo mundo está no espírito de baixar essa fervura, acho que vai acontecer isso.

Ao mesmo tempo, sobram críticas à tesoureira do partido, Gleide Andrade, aliada de Gleisi e que tem sido apontada como um dos nomes mais vocais contra Edinho. Ele mesmo declarou que, caso eleito, trocaria os cargos de comando, inclusive o dela. Isso é uma visão totalmente equivocada, essa história de que a Gleide está querendo continuar no cargo, que não aceita sair. Isso é inclusive maldoso. Porque ela é uma pessoa da nossa corrente. O que a corrente definir, ela vai aceitar. Colocações que vi, que dizem que não tem transparência nas decisões do partido, estão todas erradas. O orçamento do partido é elaborado com a participação de toda a direção, de todas as secretarias, é previamente apresentado à direção nacional, é votado. A execução do orçamento é pública, os recursos do partido, a sua aplicação, tudo é auditado pelo Tribunal Superior Eleitoral., a decisão de quanto o partido vai investir em candidaturas com fundo eleitoral é tomada também pela direção do partido, então não existe isso. O partido tem diversificadas formas de fiscalização.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

[small]Digital Completo[/small]

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas R$ 5,99/mês*
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa
+ Digital Completo

Nesta semana do Consumidor, aproveite a promoção que preparamos pra você.
Receba a revista em casa a partir de 10,99.
a partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.