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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Corinthians: Gi Fernandes volta a campo após Fifa anular suspensão

Decisão ocorre após argumento da defesa de que a atleta, acusada de dopping, se contaminou com carne na Colômbia durante o Mundial Sub-20

Por Bruno Caniato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 fev 2025, 10h59

A lateral-direita Gi Fernandes, do Corinthians, foi liberada pela Fifa para voltar ao gramado. Na última quinta-feira, 20, a entidade esportiva anulou a suspensão da atleta, que estava proibida de jogar desde novembro do ano passado após ser pega em um exame antidoping.

“A suspensão provisória imposta à respondente Giovanna Fernandes Silva está revogada, com efeito imediato, e o caso está pendente de uma adjudicação final”, diz a decisão assinada pelo juiz Jorge Ivan Palacio, presidente do Comitê Disciplinar da Fifa. A jogadora já está autorizada a retomar os treinos e partidas pelo Corinthians, mas o processo principal contra ela ainda tramita na entidade esportiva.

Gi Fernandes foi suspensa após um teste de urina detectar a presença de boldenona, esteróide anabolizante derivado da testosterona, em seu organismo, em setembro de 2024. Na época, a jogadora defendia a seleção brasileira durante o Mundial de Futebol Feminino Sub-20, realizado na Colômbia. A legislação da Fifa prevê sanções imediatas aos atletas suspeitos de consumir a substância.

A defesa da futebolista, porém, argumentou junto à entidade esportiva que a boldenona teria entrado em seu corpo através do consumo de carne contaminada na Colômbia. O anabolizante é legalizado no país e amplamente utilizado pela agropecuária colombiana para a engorda do gado, geralmente próximo ao momento do abate.

Pelas redes sociais, Gi Fernandes celebrou a vitória junto à Fifa e o retorno aos campos. “Depois de meses angustiantes, posso voltar a fazer o que mais amo”, publicou a atleta.

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Caso de Gi Fernandes não é isolado na Colômbia, diz advogado

Segundo a defesa de Gi Fernandes, embora a atleta tenha sido a única brasileira detectada com boldenona durante o Mundial Sub-20, o caso não é isolado e retrata uma crise mais profunda no esporte colombiano. Também na quinta-feira, 20, o tenista brasileiro Nicolas Zanellato foi autorizado pela Agência Internacional de Integridade do Tênis (ITIA) a retornar às atividades, após ser pego no exame antidoping com o mesmo anabolizante.

“A Colômbia enfrenta hoje uma crise com o uso excessivo de boldenona na sua criação agropecuária, e ao menos trinta atletas passaram pelo mesmo problema nos últimos anos após consumir carne contaminada no país”, afirmou o advogado Pedro Fida, especialista em direito desportivo, responsável pela defesa de ambos os jogadores.

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Para comprovar a inocência de Giovanna, a defesa reconstruiu toda a trajetória da delegação brasileira na Colômbia durante o campeonato. “Nós fiscalizamos os cardápios dos hotéis e restaurantes, além de cruzar com documentos oficiais do governo, e constatamos que todos os dias foi servida carne de origem colombiana às jogadoras”, disse Fida. De acordo com o advogado, a concentração de boldenona identificada na urina da atleta foi de cerca de cinco nanogramas por mililitro, incapaz de provocar alterações consideráveis no seu metabolismo.

Mesmo liberada para voltar ao trabalho, Gi Fernandes ainda enfrenta um inquérito mais longo na Fifa que julgará, em última instância, se a jogadora teve alguma parcela de culpa no consumo da boldenona. Em caso de condenação, a pena prevista pelo regulamento pode chegar a quatro anos de afastamento dos gramados.

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