Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Semana Cliente: Revista em casa por 7,50/semana
Imagem Blog

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Como uma acusação de fake news colocou Nikolas Ferreira na mira da Justiça

Deputado mineiro e seu aliado, Bruno Engler, ambos do PL, foram denunciados pelo MP por acusações contra o então prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman

Por Isabella Alonso Panho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 jul 2025, 16h46 - Publicado em 9 jul 2025, 10h45

O Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais apresentou nesta terça-feira, 8, uma denúncia contra o deputado federal Nikolas Ferreira e o deputado estadual Bruno Engler, ambos do PL mineiro, pela disseminação de notícias falsas contra o então prefeito Fuad Noman, que concorria à reeleição. Eles usaram trechos descontextualizados de uma obra escrita pelo adversário político e o acusaram de expor crianças a conteúdo pornográfico durante um evento sobre histórias em quadrinhos. Além dos dois, a vice de Engler, coronel Cláudia e a deputada estadual Delegada Sheila também foram denunciadas.

Engler e Nikolas são aliados políticos de longa data e, nos últimos pleitos, um fez campanha para o outro. O deputado estadual chegou a ir para o segundo turno com Noman, que o venceu com pouco mais de 93.000 votos de diferença. Porém, ele exerceu poucos meses do segundo mandato e faleceu em março deste ano.

Segundo a denúncia do MP, o grupo de Nikolas e Engler agiu em duas frentes: “exploração de trechos descontextualizados de obra literária de autoria do candidato e falsa imputação de responsabilidade por suposta exposição de crianças a conteúdo impróprio durante um festival internacional de quadrinhos organizado pela prefeitura”. Na época, o caso foi levado a conhecimento da Justiça Eleitoral, que determinou que os conteúdos fossem retirados do ar.

No entanto, segundo a Promotoria, a notícia falsa foi veiculada por “rádio, televisão, internet e redes sociais, o que potencializou a disseminação da desinformação e das ofensas”. Dependendo do desfecho da denúncia, todos os envolvidos podem perder os direitos políticos e, por consequência, seus mandatos. 

No caso de Nikolas, há um agravante. Na época da campanha, Noman foi à Justiça pedir que o conteúdo fosse removido e obteve uma liminar ao seu favor, que foi descumprida pelo deputado. De acordo com a denúncia, ele “não apenas se recusou a cumprir a ordem de imediato, como passou a debochar publicamente da decisão, postando em suas redes sociais a notícia da determinação judicial com a legenda: ‘Qual a fake news???? Não conseguem responder, né?’.” Nesse mesmo trecho da denúncia, o MP diz que Nikolas “além de atacar a credibilidade da Justiça Eleitoral, afirmando que esta não teria imparcialidade, reiterou as mesmas acusações falsas que haviam sido objeto da ordem de remoção”.

Continua após a publicidade

Os quatro acusados foram denunciados pelos crimes eleitorais de divulgar informações falsas no intuito de difamar adversários. Além deles, um suplente de vereador que também esteve envolvido fez um acordo de não-persecução penal no caso. Ele sem comprometeu a não concorrer a nenhum cargo em 2026 e a pagar uma multa de 31.500 reais a uma instituição filantrópica, além de publicar uma retratação na sua conta pessoal no Instagram.

Outro lado

Em nota, a assessoria do deputado Nikolas Ferreira disse que o promotor de Justiça que assina a denúncia também apoiou um manifesto contrário ao impeachment da presidente Dilma há nove anos. A nota não menciona o teor das acusações. Leia a íntegra:

O promotor Renato Augusto de Mendonça, responsável por ajuizar recente ação eleitoral contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), o deputado estadual Bruno Engler (PL-MG), a ex-candidata Coronel Cláudia, entre outros nomes ligados ao grupo bolsonarista, foi um dos signatários de um manifesto contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), publicado em abril de 2016.

Continua após a publicidade

O documento, assinado por um grupo de membros do Ministério Público, conclamava os deputados federais a votarem contra a destituição de Dilma Rousseff no Congresso Nacional, e classificava o processo de impeachment como um “ataque à democracia” e um “retrocesso político”.

Leia a íntegra da denúncia que o MP Eleitoral apresentou contra Nikolas Ferreira e seus aliados

Página: /

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

A notícia em tempo real na palma da sua mão!
Chega de esperar! Informação quente, direto da fonte, onde você estiver.
De: R$ 16,90/mês
Apenas R$ 1,99/mês
ECONOMIZE ATÉ 41% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 7,50)
De: R$ 55,90/mês
A partir de R$ 32,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.