Como os governadores que almejam o apoio de Bolsonaro reagiram ao STF
Presidenciáveis que disputam voto bolsonarista lamentam condenação do ex-presidente, sentenciado ontem a 27 anos de prisão
A condenação de Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão por golpe de Estado e outros crimes, proclamada ontem pelo Supremo Tribunal Federal na quinta-feira, 11, deu o tiro de largada para a campanha dos presidenciáveis da direita. Desde o anúncio da sentença, os quatro governadores que disputam espaço entre o eleitorado bolsonarista foram às redes sociais para lamentar a situação do ex-presidente.
Tarcísio de Freitas (Republicanos), tido como sucessor natural de Bolsonaro, manifestou apoio ao padrinho político, declarou que o ex-presidente foi “condenado sem provas” e reafirmou que segue ao lado do capitão. “Bolsonaro e os demais estão sendo vítimas de uma sentença injusta e com penas desproporcionais. A história se encarregará de desmontar as narrativas e a justiça ainda prevalecerá”, publicou o governador de São Paulo.
Se não se pode transigir com a impunidade, também não se pode desprezar o princípio da presunção da inocência, condenando sem provas. O resultado do julgamento, infelizmente, já era conhecido. Bolsonaro e os demais estão sendo vítimas de uma sentença injusta e com penas…
— Tarcísio Gomes de Freitas (@tarcisiogdf) September 12, 2025
Na mesma linha, o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), expressou solidariedade a Bolsonaro e classificou abertamente a condenação como “a perseguição a um ex-presidente”. “O Brasil precisa ser pacificado, o povo não pode ficar refém de dogmas”, disse. Ele também pediu “equilíbrio” às instituições.
O Brasil precisa ser pacificado, e isso passa também pelo fortalecimento das nossas instituições, que devem atuar com equilíbrio e pautadas pelo Estado Democrático de Direito. O povo brasileiro não pode ficar refém de dogmas. @jairbolsonaro
— @ratinho_jr (@ratinho_jr) September 12, 2025
Ronaldo Caiado (União Brasil), por sua vez, endossou o discurso de cerceamento da defesa de Bolsonaro, criticou sua prisão domiciliar, defendeu que o julgamento deveria ter corrido no Plenário do Supremo (e não na Primeira Turma) e reafirmou o apoio ao projeto de anistia aos condenados pelos atos do 8 de Janeiro. “Se tiver a oportunidade de chegar à Presidência da República, assinarei a anistia assim que tomar posse”, declarou o governador de Goiás, que lançou sua pré-candidatura ao Planalto em abril.
Mais uma vez, lamento profundamente a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Digo “mais uma vez” porque essa condenação já havia sido, de certa forma, antecipada: primeiro, quando lhe foi negado o direito de se defender publicamente;…
— Ronaldo Caiado (@ronaldocaiado) September 11, 2025
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), limitou-se a publicar uma curta nota sobre o julgamento: “Justiça ou Inquisição? A condenação de Bolsonaro pela Primeira Turma do STF acirra a divisão do país, e não é disso que precisamos”. O mineiro também já oficializou que é pré-candidato à Presidência em 2026, em cerimônia realizada em evento empresarial em São Paulo.
Justiça ou Inquisição?
A condenação de Bolsonaro pela Primeira Turma do STF acirra a divisão do país, e não é disso que precisamos.
— Romeu Zema (@RomeuZema) September 12, 2025
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