Digital Completo: Assine a partir de R$ 9,90
Imagem Blog

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Com 4 ministros, PSDB critica ‘presidencialismo de cooptação’

Em propaganda partidária, partido afirma que errou ao "aceitar como natural o fisiologismo" e que governo atual não tem apoio popular

Por Da redação
Atualizado em 17 ago 2017, 20h47 - Publicado em 17 ago 2017, 20h31

A tão aguardada propaganda partidária do PSDB, que provocou um racha entre os tucanos nos últimos dias, foi finalmente divulgada nesta quinta-feira. A peça, que vai ao ar em rede nacional no TV e no rádio na noite de hoje, faz uma espécie de “mea culpa” ao dizer quatro vezes que “o PSDB errou”; esconde os principais nomes do partido, como o senador Aécio Neves, o governador Geraldo Alckmin e o prefeito João Doria; critica sutilmente a gestão Temer ao declarar que está “acontecendo agora” um governo em crise com um presidente “sem forças para governar” e “sem apoio popular”. E, por fim, tira da cartola o “parlamentarismo” como a grande solução para resolver a crise política do país.

O vídeo começa com locutores apresentando uma lista de acertos do partido, como o Plano Real e a Lei de Responsabilidade Fiscal, contrabalanceando com as confissões de que “o partido agora errou”, sem especificar quais seriam esses erros. Eles ficam um pouco mais explícitos quando o apresentador diz que o “PSDB aceitou como natural o fisiologismo, que é troca de favores individuais e vantagens pessoais em detrimento da verdadeira necessidade do cidadão brasileiro”. “Mas se tem um erro que nós não vamos cometer é o de defender o indefensável porque tudo isso já passou da hora de mudar”, diz ele, em seguida, novamente sem esclarecer o que seria o “indefensável”.

A propaganda continua e o narrador começa a dizer que o país enfrenta um grande problema de representatividade política e que isso é consequência do modelo político vigente — o presidencialismo de coalizão que virou o “presidencialismo de cooptação”, diz o rapaz. “Presidencialismo de cooptação é quando um presidente tem que governar negociando individualmente com políticos ou com partidos que só querem vantagens pessoais e não pensam no país. Uma hora, apoia. Outra, não. E quando apoia, cobra caro”, explica, tendo como pano de fundo o desenho de parlamentares com um cifrão no olhar.

Em meio às críticas da velha política do “toma lá, da cá”, é importante fazer uma constatação: o PSDB tem quatro ministros no governo Temer: Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores), Antonio Imbassahy (Secretaria Geral), Bruno Araújo (Cidades) e Luislinda Valois (Direitos Humanos). E foi — e ainda é — um dos principais partidos de sustentação da base do governo, apesar da bancada da Câmara ter se dividido entre os que votaram pelo prosseguimento da denúncia contra Temer e os que decidiram enterrá-la.

Por essas e outras incoerências, não é de se estranhar que a propaganda produzida por Einhart Jácome, marqueteiro de confiança do presidente interino do partido, senador Tasso Jereissatti (CE), tenha gerado tanto descontentamento entre os tucanos.

Continua após a publicidade

Confira abaixo a propaganda na íntegra:

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
a partir de 9,90/mês*
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa
+ Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
de 35,90/mês
de 25,90/mês
Texto menor

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.