Bolsonaro tem boa evolução clínica e está acordado e sem dor, diz boletim
Ex-presidente vai continuar internado em hospital de Brasília para recuperação após cirurgia feita no domingo

O ex-presidente Jair Bolsonaro está com “boa evolução clínica, mantendo-se acordado, orientado, sem dor, sangramento nem outras intercorrências”, de acordo com o último boletim médico do Hospital Nova Star DF, divulgado na tarde desta segunda-feira 14 pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro em suas redes sociais.
Ainda segundo o boletim, no decorrer do dia, “ele sentou-se no leito e iniciou deambulação assistida, sem previsão de alta da unidade de terapia intensiva”. Bolsonaro foi submetido, no domingo 13, a uma cirurgia de reconstrução de um pedaço do intestino. O procedimento durou cerca de doze horas.
De manhã, a sua equipe médica, em entrevista coletiva, informou que foi uma “cirurgia extremamente complexa, delicada” e que “felizmente, terminou muito bem”, com resultado “excelente”. Os profissionais informaram também que seriam necessários “cuidados muito específicos no pós-operatório” e que a maior preocupação era com as primeiras 48 horas.
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Na última sexta-feira, dia 11, Bolsonaro passou mal durante uma agenda no Rio Grande do Norte. Ele chegou a ser atendido em um hospital da capital do estado, mas foi transferido para Brasília na manhã seguinte. O ex-presidente teve fortes dores abdominais, que seriam, de acordo com a sua equipe médica, sequelas da facada que ele levou durante a campanha de 2018.
Desde o episódio, Bolsonaro passou por várias intervenções cirúrgicas para corrigir aderências abdominais. A operação deste fim de semana foi a sétima. Inicialmente, o ex-presidente não seria submetido a uma nova cirurgia. No entanto, de acordo com o cirurgião dele, Cláudio Birolini, exames que indicam alterações em marcadores inflamatórios revelaram riscos preocupantes para a saúde do ex-presidente.
No dia em que passou mal e teve que ser internado, Bolsonaro estava dando início a uma jornada de viagens pelo país, com o objetivo de fortalecer o apoio popular ao PL da Anistia — cujo pedido de regime de urgência foi apresentado nesta segunda na Câmara — e para manter seu próprio capital político em pé. O PL ainda aposta em uma candidatura de Bolsonaro em 2026, mesmo na pendência de recursos judiciais.