Bolsonaro diz que seu ministério era o Corinthians, e o de Lula, é o Íbis
Ex-presidente compara ministério do petista ao 'pior time do mundo' e cita Paulo Guedes como potencial candidato ao Senado em 2026

Palmeirense declarado, o ex-presidente da República Jair Bolsonaro rendeu-se ao atual campeão paulista, Corinthians, para comparar sua equipe ministerial com o primeiro escalão do governo petista de Luiz Inácio Lula da Silva.
O capitão da reserva citou Paulo Guedes, Damares Alves, Tarcísio de Freitas e Tereza Cristina, que ocuparam os ministérios da Fazenda, Direitos Humanos, Infraestrutura e Agricultura, respectivamente, no único mandato de Bolsonaro (2019-2022).
“Não tem comparação Paulo Guedes com (Fernando) Haddad. É o Corinthians, atual campeão paulista, comparado ao Íbis”, disse o político ao canal AuriVerde Brasil, nesta quarta-feira, 2. O clube pernambucano citado pelo ex-presidente ganhou fama como “o pior time do mundo” depois de passar quase catorze anos sem conseguir uma vitória nos gramados entre as décadas de 1970 e 1980. O mascote, inclusive, é chamado de “derrotinha”.
Entre os pupilos de Bolsonaro, apenas Paulo Guedes não se candidatou a algum cargo na disputa eleitoral de 2022, quando o então chefe do Poder Executivo federal foi derrotado por Lula. A depender do ex-presidente, no entanto, Guedes, caso queira, pode ser candidato a uma das vagas ao Senado Federal por Minas Gerais em uma tentativa de ampliar a bancada de direita na Casa e fazer frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Carioca, o ex-ministro da Fazenda estudou em um colégio militar de Belo Horizonte e se formou em economia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Em agosto, Guedes completará 76 anos. Até o momento, o economista não demonstrou empolgação com o pedido de Bolsonaro.
Na visão do grupo do ex-presidente, ampliar o número de senadores alinhados ao bolsonarismo permite um caminho livre para apresentar pedidos de impeachment contra ministros do Supremo, especialmente contra Alexandre de Moraes, relator do processo de tentativa de golpe de Estado em que Bolsonaro figura como réu. A porta de entrada para pedidos que podem culminar com afastamento definitivo de ministros da Corte é o Senado Federal, o que nunca ocorreu.