Relâmpago: Assine Digital Completo por 1,99
Imagem Blog

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Bolsonaro diz que não há plano B e ataca o STF: ‘Estão forçando a barra’

'O que eles (Supremo) querem? Me tirar de combate', afirmou o ex-presidente em entrevista durante visita a Recife

Por Ramiro Brites Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 fev 2025, 20h22

Denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) há uma semana por tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro tem rodado o país e participado de entrevistas para tentar emplacar a sua versão dos fatos. Nesta segunda-feira, 24, ele esteve em Pernambuco com o ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL). Lá, criticou o rito do seu julgamento e se colocou como candidato para 2026, mesmo que hoje esteja impedido de disputar eleições até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A tendência é que a acusação contra Bolsonaro seja julgada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), composta por cinco ministros: Alexandre de Moraes (relator do caso), Flávio Dino, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Luiz Fux.

Ao ser questionado durante entrevista à rádio CBN se seria candidato em 2026, Bolsonaro criticou o fato de a Justiça ter decretado a sua inelegibilidade. “Por que eu me tornei inelegível? Por que me encontrei com embaixadores? Por que eu ocupei o carro de som do Silas Malafaia no 7 de Setembro? E se fosse com traficantes igual o Lula no Morro do Alemão? Não tem problema. ‘Ah, abuso de poder econômico’. Não gastei nada. A estrutura já estava lá”, argumentou.

Na resposta, Bolsonaro se referiu à reunião, de 18 de julho de 2022, quando apresentou, sem provas, contestações sobre o sistema eleitoral brasileiro para embaixadores. Quando fala de encontro de Lula com traficantes, ele faz mais uma alegação que não tem provas — e que já fez outras vezes. O ex-presidente e seus aliados dizem que em 12 de outubro de 2022, durante a campanha eleitoral, o petista teria ser reunido com criminosos em ida à periferia do Rio de Janeiro, onde Lula usou um boné com a sigla “CPX”, em referência ao Complexo do Alemão. Nesta segunda-feira, inclusive, o ex-secretário nacional de Cultura e atual deputado federal Mário Frias (PL-SP) se tornou réu na Justiça Eleitoral paulista por disseminar notícias falsas sobre esta agenda da campanha de Lula.

‘Plano B é o Bolsonaro’

Os entrevistadores insistiram e perguntaram quem seria o seu candidato caso ele não concorra às eleições, mas o ex-presidente rejeitou essa possibilidade. “Só eu morto você vai saber quem será o outro candidato, porque,eu não sendo o candidato é uma negação da democracia”, disse. “Plano B é o Bolsonaro”, acrescentou.

Continua após a publicidade

Segundo ele, o julgamento pelo Supremo tem o objetivo de tirá-lo da disputa eleitoral em 2026. “Estão (STF) forçando a barra. O que eles querem? Me tirar de combate. O que está em jogo nisso aí? Eu tenho certeza que, eu elegível, (me) elejo presidente no ano que vem”, disse.

Críticas ao julgamento

Bolsonaro atacou o rito do processo e disse que gostaria de ser julgado em um tribunal de primeira instância. A demanda é defendida por alguns juristas, como o ex-ministro da Corte Marco Aurélio Mello. “O que eu gostaria que acontecesse: primeiro, que a instância não fosse essa. A instância é a primeira instância. Onde o Lula foi julgado? Não foi em Curitiba?”, questionou, em uma comparação do seu caso com o julgamento da Lava-Jato, que levou o petista à prisão. “Tá na Constituição o foro de ex-presidente? Não está. Assim como essas pessoas que estão condenadas a dezessete anos de cadeia, o foro é a primeira instância”, acrescentou o ex-presidente, que se colocou no mesmo nível de outros cidadãos condenados por terem invadido e depredado as sedes dos três poderes. Os magistrados do STF entendem, porém, que o foro de prerrogativa se estende aos crimes cometidos durante o exercício do mandato, como ocorre na denúncia contra Bolsonaro.

Ele ainda insinuou direcionamento político na Primeira Turma do Supremo, que deve julgá-lo. “Eu não posso escolher turma no Supremo Tribunal Federal. Eu posso falar de cada ministro, quem indicou e quem não indicou, para ocupar aquela vaga lá”, disse. Dos cinco integrantes do colegiado, três foram indicados por Lula (Dino, Cármen e Zanin), um por Dilma Rousseff (Fux) e outro por Michel Temer (Moraes). Os dois ministros indicados por Bolsonaro –André Mendonça e Kassio Nunes Marques — estão na segunda turma da Suprema Corte.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

ECONOMIZE ATÉ 88% OFF

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.