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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Bolsonarista e neoaliado de Lula devem travar duelo por bancada evangélica

Frente parlamentar costuma definir o presidente em consenso, sem realizar eleição

Por Victoria Bechara Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 dez 2024, 16h29 - Publicado em 3 dez 2024, 14h41

A Frente Parlamentar Evangélica, uma das mais poderosas da Câmara, com 220 deputados, pode enfrentar um racha na disputa pela presidência no próximo ano. Tido como favorito, o deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), neoaliado do governo Lula, pode ter de enfrentar Gilberto Nascimento (PSD-SP), que é mais alinhado ao bolsonarismo.

Otoni é ligado à Assembleia de Deus e pastor do Ministério Missão Vida. Ele se tornou alvo de bolsonaristas em outubro deste ano, após fazer elogios ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante um evento de sanção do Dia Nacional da Música Gospel, no Palácio do Planalto. Na ocasião, afirmou que já foi apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro e crítico do PT, mas admitiu que os evangélicos estão “entre os brasileiros mais contemplados” pelos programas sociais dos governos petistas.

O deputado tem o apoio do atual presidente da bancada evangélica, Silas Câmara (Republicanos-AM), e de outros membros influentes, como Cezinha de Madureira (PSD-SP), ambos da Assembleia de Deus, a maior vertente evangélica do país. Tradicionalmente, o presidente da frente parlamentar é definido em consenso, sem realizar eleição. No ano passado, houve um acordo para que Silas e Eli Borges (PL-TO) se revezassem no comando — cada um ocupou a presidência da frente por seis meses.

“Tendo uma eleição, eu vou para a eleição. Não há nenhuma possibilidade de nós fazermos um novo mandato compartilhado”, afirmou Otoni a VEJA. O deputado admite que enfrentará resistência de parte da bancada, mas reforça que pretende manter a relação com Lula. “Eu acho que é muito importante que a gente avance na capacidade da frente de dialogar com o governo. A frente não está a serviço do bolsonarismo e também não quer estar a serviço do governo do presidente Lula. Apenas abrir esse diálogo republicano a fim de que os políticos da Frente Parlamentar Evangélica não sobrevivam apenas do discurso da pauta conservadora”, diz. 

Na avaliação de alguns parlamentares, porém, a proximidade do deputado com o governo é um obstáculo, já que a maioria da bancada é apoiadora de Bolsonaro. Nos bastidores, Eli Borges e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) trabalham pelo nome de Gilberto Nascimento, também ligado à Assembleia de Deus. Hoje filiado ao PSD, ele atuou para que seu então partido, o PSC, apoiasse a reeleição de Bolsonaro em 2022. 

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Nascimento também conta com o apoio do pastor Silas Malafaia, que tem bom trânsito com os deputados evangélicos. “O Gilberto é um dos mais antigos deputados federais, um cara muito equilibrado. Tem que ser um cara moderado. O senhor Otoni quer fazer graça para o governo. De bolsonarista raiz, virou petista raiz. Eu acho que ele envergonha a frente evangélica”, diz. 

Apesar da divisão interna, os deputados pretendem oficializar o novo comando da bancada evangélica ainda neste ano, durante o Culto da Santa Ceia, marcado para 11 de dezembro.

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